Por Alex Rabelo Jornalista e Analista Politico
A onda de calor que avança pelo Brasil acendeu um alerta máximo em mais de 1.200 cidades, distribuídas por oito estados, que seguem sob aviso de “grande perigo” até a próxima segunda-feira (29). As temperaturas acima da média colocam milhões de brasileiros em risco, especialmente idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
No dia a dia, os efeitos já são sentidos. Aos 81 anos, o senhor Ciro, que trabalha sob o sol vendendo picolé, descreve o impacto direto do calor no corpo:
“Sinto tonteira, falta de ar, começo a suar frio”, relata.
O marceneiro Fernando Oliveira reforça um alerta que médicos repetem diariamente:
“Tem que tomar água de coco, porque sem hidratação não dá para sair nesse sol não.”
Hidratação é a principal proteção — e idosos precisam de cuidado redobrado
Com o calor extremo, o corpo perde água mais rápido e pode entrar em estresse térmico, quando a temperatura interna sobe a níveis perigosos.
Nos casos mais graves, isso pode levar à perda de consciência, falência de órgãos e até morte.
Os idosos são o grupo mais vulnerável, por três motivos principais:
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Sentem menos sede, mesmo quando o corpo precisa de água.
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Desidratam mais rápido, por alterações naturais do envelhecimento.
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Têm maior risco de tontura, queda de pressão e desmaios.
Por isso, especialistas recomendam:
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Beber água ao longo de todo o dia, mesmo sem sede.
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Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.
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Optar por bebidas leves como água, sucos naturais e água de coco.
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Usar roupas frescas e permanecer em locais ventilados.
Por que o calor extremo é tão perigoso?
Temperaturas muito altas podem desencadear:
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exaustão por calor
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tonturas e desmaios
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câimbras
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desidratação severa
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insolação
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aumento da pressão arterial
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risco cardíaco
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agravamento de doenças respiratórias
O alerta vale para toda a população, mas especialmente trabalhadores que atuam ao ar livre, idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades.














