As eleições municipais de 2024 em Cuiabá trouxeram surpresas inesperadas, mesmo com um candidato amplamente apoiado e considerado o mais preparado. Eduardo Botelho, do União Brasil, entrou na corrida com o respaldo do maior grupo político de Mato Grosso, incluindo o apoio decisivo do governador Mauro Mendes. Suas propostas eram amplas e detalhadas, com um foco principal na reestruturação da cidade, especialmente para superar as crises que assolaram Cuiabá, como os problemas de corrupção e o caos na saúde pública.
Botelho apresentou planos robustos para modernizar a gestão da cidade, com soluções para melhorar a infraestrutura, a saúde e a transparência. Ele também contava com uma equipe técnica e alianças políticas fortes, o que o colocava como um candidato capaz de implementar mudanças efetivas. Sua experiência como deputado estadual e sua proximidade com o governador pareciam ser garantias de uma vitória consolidada.
Porém, as urnas contaram uma história diferente. Mesmo com todo o apoio e com propostas que muitos consideraram as melhores para a recuperação de Cuiabá, Botelho ficou em terceiro lugar, com 27,8% dos votos. Esse resultado inesperado mostrou, mais uma vez, que a política é um campo imprevisível, onde não há garantias absolutas. Nem sempre o candidato com mais apoio ou as melhores propostas consegue convencer o eleitorado a ponto de vencer.
Lúdio Cabral, do PT, que aparecia discretamente nas pesquisas, conseguiu surpreender e garantiu vaga no segundo turno com 28,32%, enquanto Abilio Brunini, do PL, liderou com 39,6%. Essa reviravolta destaca a incerteza inerente às disputas eleitorais: em política, nem sempre a melhor proposta ou o maior apoio se traduzem em vitória. No segundo turno, o destino de Cuiabá ficará entre a continuidade das pautas progressistas de Lúdio ou a ruptura prometida por Abilio. Tudo pode acontecer.