Cuiabá amanheceu nesta segunda-feira (07) com um protesto de trabalhadores terceirizados da empresa Locar, responsável pelo serviço de coleta de lixo via Limpurb. O clima é de tensão: a categoria denuncia assédio moral, condições precárias de trabalho e o uso de veículos sucateados.

O movimento, realizado nas primeiras horas da manhã, cobra mudanças imediatas por parte da empresa. Os trabalhadores deram um prazo de 72 horas para que as reivindicações sejam atendidas — ou uma greve geral será deflagrada em toda a capital.

Denúncias graves

Entre as denúncias mais graves, estão as acusações contra três fiscais apontados por assédio moral recorrente. Eles já haviam sido alvos de protestos em julho de 2024, mas seguem atuando na empresa.

“Fui humilhado na frente dos colegas, me colocaram numa roda e gritaram comigo. Tive que pedir demissão”, relatou um ex-motorista, que preferiu não se identificar.

Outro trabalhador contou que teve o celular quebrado em um episódio de agressividade e desrespeito. “Fui tratado como se tivesse feito algo errado de propósito. Me senti perseguido.”

Veículos sem manutenção

Além das denúncias de assédio, os trabalhadores relatam que muitos caminhões estão em estado crítico, sem manutenção, com problemas em itens essenciais como o pisca-alerta.

O que dizem a empresa e a Prefeitura

Em nota, a Locar afirma que não há motivos para paralisação, garantindo que os salários estão em dia e as obrigações trabalhistas sendo cumpridas. A empresa informou que 27 caminhões estavam programados para rodar nesta segunda-feira.

A Prefeitura de Cuiabá foi procurada pelo MT Urgente e prometeu se manifestar ainda hoje.

Greve à vista?

A cidade pode viver novamente o risco de acúmulo de lixo nas ruas caso o impasse não seja resolvido nas próximas horas. Os trabalhadores pedem respeito, estrutura e dignidade no serviço público de limpeza.

MT URGENTE segue acompanhando o caso.

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