Aneel confirma bandeira amarela para todo o Brasil e energia elétrica ficará mais cara; saiba se Mato Grosso também será afetado
A partir de 1º de maio, os brasileiros vão sentir no bolso o peso da nova cobrança na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a ativação da bandeira tarifária amarela, que traz um custo extra de R$ 1,88 para cada 100 kWh consumidos.
Essa mudança interrompe cinco meses de bandeira verde — período em que não havia cobranças adicionais.
Por que a conta de luz vai subir?
Segundo a Aneel, a decisão foi tomada devido à redução das chuvas com a transição do período chuvoso para o período seco (outono e inverno). Com menos chuvas, o nível dos reservatórios das hidrelétricas baixa, obrigando o sistema a usar mais usinas termelétricas, que são mais caras e mais poluentes.
🚦 Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras da Aneel funciona como um semáforo para alertar sobre o custo de geração de energia:
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Bandeira Verde: Condições favoráveis; sem custo adicional.
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Bandeira Amarela: Condições de alerta; custo R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
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Bandeira Vermelha – Patamar 1: Condições desfavoráveis; R$ 4,46 a cada 100 kWh.
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Bandeira Vermelha – Patamar 2: Condições críticas; R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Mato Grosso também será afetado?
✅ Sim.
A bandeira tarifária amarela vale para todo o Sistema Interligado Nacional (SIN) — que atende praticamente todo o país, incluindo Mato Grosso.
Ou seja, quem mora em Mato Grosso vai pagar mais caro na conta de luz a partir de maio.
💡 Por que a energia elétrica está ficando cada vez mais cara no Brasil?
O aumento das tarifas é estrutural e envolve diversos fatores:
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Dependência de hidrelétricas: Quando chove pouco, o custo dispara.
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Uso de termelétricas: Energia térmica é mais cara e aumenta o preço final.
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Desonerações e subsídios cruzados: Grupos beneficiados pressionam tarifas para outros consumidores.
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Falta de investimentos em novas fontes de geração mais baratas.
Segundo estudo da professora Clarice Ferraz, da UFRJ, publicado no portal The Conversation, em fevereiro de 2025, a tarifa de energia elétrica subiu 17% no Brasil, puxando a inflação ao maior patamar em 22 anos.
Essa alta também foi impulsionada pelo fim do chamado “bônus de Itaipu“, um desconto temporário que havia reduzido os preços em janeiro.
Dicas para tentar reduzir o impacto no bolso:
✅ Reduza o uso de ar-condicionado e chuveiro elétrico;
✅ Troque lâmpadas incandescentes por LED;
✅ Evite deixar aparelhos em stand-by (modo de espera);
✅ Aproveite a luz natural durante o dia.
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