A safra 2024/25 de algodão em Mato Grosso avança com bom desempenho, graças ao clima favorável registrado desde o início do plantio. Segundo projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 51,14% das lavouras estão atualmente na fase de pendoamento, enquanto 9,46% já entraram no florescimento — fases fundamentais para garantir uma boa produtividade.
“Desde o início do plantio, o clima tem contribuído para o bom desenvolvimento da cultura no estado,” destacam os analistas do Imea.
Chuvas ajudaram… mas podem virar problema
Os volumes de chuva registrados em abril favoreceram especialmente as áreas de segunda safra, que foram semeadas fora da janela ideal (encerrada em 31 de janeiro) — cerca de 46,52% das áreas ficaram fora desse prazo.
Agora, a preocupação se volta para maio: se o excesso de chuvas continuar, pode haver impacto direto nas práticas culturais e no rendimento final. O risco maior recai sobre os capulhos do baixeiro (parte inferior da planta), principalmente nas áreas de primeira safra, semeadas mais cedo.
Dados do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA) indicam que as regiões norte, nordeste e médio-norte de Mato Grosso podem enfrentar chuvas acima da média até pelo menos 7 de maio. Se esse cenário se prolongar, a alta umidade pode comprometer o ciclo final das lavouras.
Tamanho da safra e produtividade
Com o fim da semeadura em fevereiro, o Imea estimou a área total cultivada com algodão em 1,51 milhão de hectares, o que representa uma leve redução de 1,18% em relação à projeção anterior (março).
Motivo: atrasos no plantio e na colheita da soja, que estreitaram a janela ideal para o algodão.
Ainda assim, a área atual é 2,97% maior do que a registrada na safra 2023/24.
Quanto à produção, a expectativa é de:
-
6,42 milhões de toneladas de algodão em caroço (queda de 1,20% em relação à projeção anterior)
-
2,67 milhões de toneladas de pluma (queda de 1,21%)
A produtividade estimada, segundo o Imea, permanece baseada na média histórica: 284,26 arrobas por hectare, um resultado 2,56% inferior ao da safra passada.
“Vale salientar que, apesar das projeções mais conservadoras, o clima tem favorecido o desenvolvimento geral da cultura. Contudo, a avaliação final dos volumes pluviométricos será crucial, especialmente para as áreas semeadas mais tardiamente,” reforçam os analistas.
👉 Quer acompanhar as principais notícias de Economia, Política e Agronegócio em Mato Grosso? Clique aqui e entre no nosso grupo no WhatsApp














