Enquanto milhares de cuiabanos enfrentam demora para marcar consultas, filas de espera e planos de saúde cada vez mais caros, uma nova operação policial revelou os bastidores de um conflito interno que pode estar custando caro a quem realmente importa: o usuário.
Na manhã desta terça-feira (24), a Polícia Civil deflagrou a Operação Short Code, que investiga uma campanha de difamação contra a atual diretoria da Unimed Cuiabá. O objetivo era minar a imagem da gestão que assumiu após uma auditoria identificar um rombo de R$ 400 milhões deixado pela antiga administração.
💬 “Cada vez que tento marcar uma consulta, empurram pra semanas depois. E olha que pago plano de saúde! Fica difícil cuidar da saúde assim”, relata um cliente da Unimed, que preferiu não se identificar.
A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), cumpriu mandados em Cuiabá e Aparecida de Goiânia (GO). As investigações apontam que um grupo ligado à antiga gestão da cooperativa usou disparos massivos de mensagens SMS com acusações anônimas para atacar a nova diretoria. O nome usado nas mensagens: “Edmond Dantès”, personagem fictício conhecido por buscar vingança.
As mensagens continham links hospedados fora do país, dificultando a responsabilização. Empresas como Infobip, MaxxMobi, Ótima Technology e MEX10 Digital foram utilizadas no envio dos conteúdos. Os pagamentos pelos serviços foram rastreados até pessoas com vínculos diretos com a antiga diretoria.
🔍 O que parece uma briga de bastidores entre diretores e ex-diretores acaba refletindo no bolso e na saúde do cidadão comum. Quem depende da Unimed para exames, cirurgias ou especialidades vive um cenário de incertezas, muitas vezes sem conseguir o atendimento com a agilidade esperada.
“A gente paga um plano esperando ter atendimento digno. Mas enquanto estão ocupados com ataques, quem sofre é a população”, desabafa outro usuário, frustrado com a demora para conseguir atendimento de oftalmologia.
👉 A crise da saúde suplementar em Cuiabá precisa ir além das manchetes policiais. Mais do que disputas internas, é hora de olhar para quem mantém o sistema funcionando: os usuários, os médicos e os profissionais da saúde, que merecem respeito, transparência e acesso justo.














