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Vereador denuncia superfaturamento de 535% na compra de dipirona pela Prefeitura de Cuiabá: por que tão caro?

Denuncias que eram tratadas apenas com especulação de bastidores, do dia a dia da Câmara Municipal, e que estava sendo esvaziado pela claque de vereadores governistas que apoiam o prefeito Abilio Brunini (PL) passou nas últimas horas a se tornar público e a ser comprovada. Em entrevista ao MT Urgente, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) denunciou uma grave irregularidade envolvendo a Prefeitura de Cuiabá: a compra de frascos de dipirona com suposto superfaturamento de 535%, sem licitação. O caso gerou repercussão na Câmara de Vereadores nesta terça-feira (24) e já foi encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

A compra foi realizada no dia 6 de junho, poucos dias após o prefeito Abílio Brunini (PL) determinar a saída de Cuiabá do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Cuiabá (concebido pelo Ministério Público para realizar compras de medicamentos em grandes lotes com descontos abaixo do mercado visando atender a todas as 142 cidades de Mato Grosso) — mecanismo que possibilitava compras conjuntas de medicamentos, com preços reduzidos por meio de concorrência pública entre os municípios.

Segundo documentos apresentados por Jeferson Siqueira, o mesmo frasco de dipirona de 500mg (em gotas), que poderia ser adquirido por R$ 1,15 por meio do consórcio, foi comprado pela prefeitura ao valor de R$ 7,34com dispensa de licitação e da empresa que ja foi anteriormente, denunciada por corrupção pelo próprio prefeito em gestões anteriores.

“O prefeito alegou que não poderia garantir a lisura do consórcio. Mas logo depois compra com dispensa de licitação de uma empresa que ele mesmo acusou de corrupção, pagando cinco vezes mais por um medicamento básico. Fica a pergunta: por que tão caro?”, disparou o vereador.

Contradição exposta

O vereador chamou atenção para a contradição na conduta do gestor. “Saiu do consórcio dizendo que era para evitar corrupção, mas fez uma compra direta com uma empresa já investigada. É uma incoerência que precisa ser explicada à população.”

Jeferson também comparou o valor com o mercado convencional. Segundo ele, o valor pago pela prefeitura daria para comprar até três frascos em farmácias comuns. “Com o que foi gasto, a prefeitura poderia ter triplicado a quantidade de medicamentos entregues nas unidades básicas de saúde”, afirmou.

Providências tomadas

O parlamentar afirmou que já protocolou pedidos de investigação na Câmara Municipal, no Ministério Público e no TCE-MT, cobrando apuração rigorosa da compra e responsabilização dos envolvidos.

“Enquanto a população sofre com a falta de medicamentos nos postos, a prefeitura paga mais de 500% a mais em remédios básicos. É preciso dar uma resposta ao povo”, concluiu.

Veja os documentos apresentados pelo vereador:

 

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Cuiabá-MT 18.12.2025 04:51

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