Eduardo Botelho (União), deputado estadual e candidato à Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024, comprometeu-se a recuperar as finanças da capital mato-grossense em até dois anos. Apesar disso, ele planeja iniciar investimentos na cidade já no início de seu mandato, com apoio dos governos estadual e federal.
Durante a segunda rodada de entrevistas com os candidatos à prefeitura no programa Tribuna, da rádio Vila Real FM 98.3, Botelho expôs um plano diferente do seu adversário Abílio Brunini (PL), que havia prometido recuperar as contas públicas em apenas seis meses. Botelho foi realista ao afirmar que essa tarefa deve levar até dois anos.
“Em um ano e meio ou dois anos nós vamos recuperar as finanças da Prefeitura. Recuperando, nós vamos ganhar capacidade de investimento (…). Na prática, primeiro nós temos que cortar os gastos, porque a Prefeitura não tem muita margem para aumentar a arrecadação. Vamos rever todos os contratos”, explicou o deputado.
Segundo Botelho, a atual administração municipal tem capacidade para contrair empréstimos, mas não para pagá-los, o que torna necessário um ajuste financeiro antes de qualquer grande investimento pela própria Prefeitura.
“Essa recuperação não é tão simples. A Prefeitura vai entrar o ano com uma dívida de curto prazo de R$ 800 milhões (…). Então, dizer que vai resolver isso em 6 meses é fantasia. Está mentindo”, criticou, referindo-se à promessa de Brunini.
Apesar da necessidade de reequilíbrio financeiro, Botelho confia em parcerias com o Governo do Estado para a realização de obras essenciais, como a construção de trincheiras, viadutos e a ampliação de avenidas. Ele também pretende buscar financiamento do Governo Federal para projetos nas áreas de saúde e educação. Em relação ao asfaltamento, o candidato aposta no uso de emendas parlamentares.
“Eu sei quanto vai custar e sei que é viável. Por exemplo, nós vamos asfaltar 100% de Cuiabá (…). Vamos trabalhar com emendas parlamentares. Os deputados querem colocar dinheiro em Cuiabá. Qual deputado não quer pegar um bairro e fazer asfalto lá com a emenda dele?”, concluiu Botelho.