Mato Grosso é líder no agronegócio brasileiro, mas enfrenta um desafio cada vez mais urgente: a dependência das chuvas. Em um estado onde os períodos de estiagem se tornam mais longos e severos, a irrigação surge não apenas como alternativa, mas como solução estratégica para garantir a segurança alimentar, preservar empregos no campo e sustentar o crescimento econômico.
Quem tem puxado essa bandeira com força é Hugo Garcia, presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir). Ele defende que a irrigação precisa deixar de ser vista como tecnologia de luxo e se consolidar como política de Estado.
“A irrigação é inclusão, é produtividade, é segurança alimentar. Não podemos permitir que custos altos e burocracias excluam quem mais precisa dela: o pequeno produtor”, afirma Hugo.
🌾 Por que a irrigação é estratégica?
Em períodos de seca, áreas irrigadas são a diferença entre perder uma safra inteira ou garantir colheitas estáveis. Além de dar previsibilidade ao produtor, a irrigação:
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Protege investimentos já feitos no campo;
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Mantém a qualidade dos alimentos, mesmo em condições climáticas adversas;
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Fortalece toda a cadeia de abastecimento, do pequeno comércio às grandes indústrias;
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Diversifica a produção: hortaliças, frutas e sementes especiais podem ser cultivadas o ano inteiro;
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Inclui a agricultura familiar, que passa a ter autonomia e renda estável.
Uma lei que muda o jogo
A liderança de Hugo foi decisiva para a criação da Política Estadual de Agricultura Irrigada, aprovada pela Assembleia Legislativa. A lei estabelece diretrizes para:
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Expandir áreas irrigadas;
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Promover o uso racional da água;
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Estimular a modernização tecnológica do setor.
A Aprofir participou ativamente do debate e acompanha a implementação. Para Hugo, essa é a base para transformar a irrigação em política permanente, acessível a todos os produtores.
Os desafios a superar
Apesar dos avanços, expandir a irrigação em Mato Grosso ainda esbarra em gargalos históricos:
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Energia cara: o alto custo da rede elétrica impacta diretamente os sistemas de bombeamento;
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Burocracia na outorga da água, que é lenta e inacessível, sobretudo para o pequeno agricultor;
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Falta de crédito e capacitação, que impede famílias de aderirem à tecnologia.
O papel da Aprofir
Sob a presidência de Hugo Garcia, a Aprofir atua para:
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Reduzir tarifas de energia aplicadas ao setor;
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Simplificar a concessão de outorgas de uso da água;
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Criar linhas de crédito específicas para irrigação;
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Ampliar programas de capacitação e assistência técnica.
Irrigação é desenvolvimento
Garantir a expansão da irrigação é mais do que uma pauta técnica: é uma questão estratégica de futuro para Mato Grosso e para o Brasil.
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Resiliência climática: enfrentar os impactos da mudança no regime de chuvas;
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Segurança alimentar: garantir colheitas estáveis e alimentos acessíveis;
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Inclusão social: dar oportunidades de renda para agricultores familiares;
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Competitividade: manter Mato Grosso como protagonista no agronegócio mundial.
“Investir em irrigação é investir em pessoas, em desenvolvimento sustentável e no futuro de Mato Grosso”, resume Hugo.














