No centro de Cuiabá, a Ilha da Banana — área histórica que abrigava o Largo do Rosário — se transformou em um território de abandono e medo. Passados mais de 10 anos desde as primeiras desapropriações para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o local acumula lixo, mato alto, tapumes destruídos e se tornou refúgio para dependentes químicos, foco de furtos e assaltos.
O cenário, que já era grave, piorou nos últimos anos. Trilhas abertas entre os escombros são usadas para esconder produtos de furto, como fiação e eletrônicos. Roupas, restos de comida e dejetos humanos estão espalhados. O cheiro é forte, a sujeira é visível, e o risco para quem circula no entorno é crescente.
Uma área que ameaça quem trabalha, circula e vive perto
O espaço de 5.900 metros quadrados, que deveria ter sido revitalizado, virou símbolo de decadência urbana. Comerciantes vizinhos relatam:
✅ Furtos constantes, principalmente em horários com menos movimento;
✅ Abordagens agressivas a pedestres, principalmente à noite;
✅ Queda no fluxo de clientes, já que muitos evitam a região por medo;
✅ Prejuízos para a segurança pública, já que a polícia precisa reforçar patrulhas sem apoio de estrutura urbana adequada.
O que antes era um ponto central para a cidade, com comércio e história, virou uma área cinzenta, que afasta investimentos, esvazia ruas e fortalece o sentimento de abandono.
Promessas feitas, nenhuma cumprida
Desde 2012, a população já ouviu discursos sobre revitalização, requalificação e novos usos para o espaço. Mas nada saiu do papel. A cada ano que passa, cresce a pergunta: até quando?
O abandono não é apenas um problema estético ou econômico: é uma ameaça diária à segurança e à dignidade das pessoas. Enquanto autoridades empurram soluções para frente, a área segue aberta, degradada e perigosa, criando um ciclo difícil de romper.
agora? Mais um ano vai se passar sem que nada aconteça?
A população de Cuiabá já viu o tempo passar e as promessas se acumularem. Agora, moradores, comerciantes e quem circula pelo centro querem uma resposta clara:
Será que mais um ano vai se passar e a Ilha da Banana continuará entregue ao abandono, ao perigo e à violência? Ou o poder público finalmente vai agir?
O futuro desse espaço não impacta apenas quem vive ao redor — ele é um termômetro de como a cidade cuida (ou abandona) seus espaços e sua história.
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