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Abilio cita ‘má gestão’ ao defender privatização administrativa de escolas de Cuiabá

Prefeito afirma que diretores devem focar no pedagógico e que gestão de recursos precisa ser feita por especialistas para evitar desperdícios

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), defendeu a proposta de privatizar a parte administrativa das escolas municipais, alegando que a medida pode trazer mais eficiência no uso dos recursos públicos e evitar casos de má aplicação do dinheiro.

Segundo ele, a mudança não envolve professores, coordenadores ou conteúdo pedagógico. A ideia é que empresas especializadas assumam a gestão predial, insumos e materiais, deixando a parte pedagógica sob responsabilidade da Secretaria de Educação e dos servidores da rede.

Diretores devem focar na educação

Abilio argumenta que os diretores e coordenadores precisam estar voltados para o ensino e não para a administração de contratos e compras.

“Nós vamos ter um administrador para cada escola. Não é desvalorização do servidor, mas a administração predial, de insumos e materiais precisa de alguém com expertise. Os diretores devem cuidar do pedagógico, que é o que realmente importa para os alunos.”

Exemplos de má gestão

Para justificar a proposta, o prefeito relatou casos de irregularidades na aplicação de recursos.

“Fiscalizei compras e encontrei três orçamentos para um ar-condicionado. O aparelho custa R$ 2 mil, mas foi comprado por R$ 3 mil, com orçamentos fraudados. A mesma pessoa fez os três orçamentos usando CNPJs diferentes. Isso se repetiu em várias escolas, com desperdício e direcionamento de contratos.”

Ele também comparou os custos da rede municipal com os da rede privada: segundo Abilio, cada aluno custa R$ 1,6 mil por mês em Cuiabá, no meio período, valor superior a mensalidades de algumas escolas particulares.

Resistência e críticas

A proposta não é unânime. O Sintep-MT se posicionou contra, afirmando que a terceirização enfraquece a rede pública e pode precarizar o serviço.

O vereador Daniel Monteiro (Republicanos), presidente da Comissão de Educação da Câmara, também criticou a medida:

“Educação é um serviço essencial e não pode ser transferido para empresas privadas. A rede tem dificuldades, mas precisamos aplicar modelos que já deram certo e fortalecer o que existe, não terceirizar.”

Debate em aberto

Enquanto Abilio defende a privatização administrativa como forma de modernizar a gestão escolar e cortar desperdícios, sindicatos e parte da Câmara apontam riscos de precarização e perda de controle público.

O projeto segue em elaboração e ainda será detalhado pela Prefeitura, mas já divide opiniões e promete esquentar o debate sobre os rumos da educação em Cuiabá.

Veja o Vídeo:

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Cuiabá-MT 15.12.2025 01:44

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