O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), criticou nesta quinta-feira (27) manifestações públicas de políticos que ironizaram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no início da semana.
A reação ocorreu após declarações do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que afirmou, de forma irônica, que “se ele não sabe usar tornozeleira, tem que ficar preso”. A fala gerou forte repercussão entre aliados do ex-presidente em Mato Grosso.
Em resposta, Abilio afirmou que considerou o comentário desrespeitoso e direcionou críticas ao ministro:
“Ele deve estar acostumado com tornozeleira. Talvez conviva com pessoas que já tiveram problemas com a Justiça”, disse.
O prefeito também ressaltou que, na sua avaliação, o episódio demonstra um ambiente de polarização intensa entre lideranças políticas.
Críticas a figuras políticas do Estado
Além de Fávaro, Abilio reagiu a declarações do ex-governador Blairo Maggi, que afirmou que manifestações de solidariedade a Bolsonaro teriam motivação eleitoral.
Sem citar diretamente nomes, o prefeito afirmou que há lideranças que comemoram a situação por questões políticas.
“Quem já não tem mais espaço no cenário político ou que esteve envolvido em escândalos é quem vê isso como algo positivo”, afirmou.
Abilio também comentou críticas feitas pelo prefeito de Sinop, Roberto Dorner (PL), que declarou que Bolsonaro “não é dono da direita” e que estaria fora do cenário eleitoral.
Segundo Abilio, esse posicionamento estaria relacionado a frustrações políticas de lideranças que não tiveram apoio do ex-presidente em eleições anteriores.
Posicionamento sobre contratações
Durante a mesma entrevista, o prefeito voltou a abordar a polêmica sobre critérios ideológicos em contratações.
Abilio afirmou que não defende oficialmente a demissão de funcionários por posicionamento político, mas declarou que, se estivesse à frente de uma empresa privada, contrataria apenas pessoas alinhadas ao seu pensamento.
“Não estou orientando empresários a demitir ninguém, mas, se fosse minha empresa, eu escolheria pessoas que compartilham dos mesmos valores e visão que eu”, concluiu.














