O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, lançou duras críticas ao vice-governador Otaviano Pivetta, exigindo uma postura mais ativa caso ele deseje disputar o governo do estado em 2026. “Ele vive entocado no gabinete e precisa começar a ser mais ativo se quiser ser governador”, disparou Botelho, insinuando que Pivetta tem se mantido afastado das discussões políticas importantes.
Botelho sugeriu que Pivetta já poderia estar apoiando outro candidato durante a campanha municipal, como Abilio Brunini, mas ressaltou que o vice-governador precisa ser mais claro e participar mais ativamente. “Ele não participou da campanha, até eu entendo, talvez ele já estivesse até apoiando Abilio. Agora acho que ele precisa começar a entender que a política é feita de vitórias e derrotas. Se perdemos, foi o grupo que perdeu. Ou ele não estava nesse grupo? Ele era um dos traidores, como a gente fala?”, questionou o deputado, sugerindo uma falta de comprometimento por parte de Pivetta.
As críticas surgem em resposta a declarações feitas por Pivetta na semana anterior. O vice-governador afirmou que Botelho havia forçado sua candidatura nas eleições municipais, o que ele considerava inviável. Segundo Pivetta, o nome inicialmente escolhido para concorrer era o de Fábio Garcia, chefe da Casa Civil, e a mudança na estratégia o desmotivou a participar ativamente na campanha. Além disso, Pivetta minimizou o apoio popular que Botelho teria recebido durante a eleição.
Botelho, no entanto, rebateu a ideia de traição entre aliados e elogiou o empenho de Fabio Garcia e do governador Mauro Mendes. “Para mim, não teve traidor. Fábio trabalhou intensamente, ele estava presente em todos os atos, então em nenhum momento deixou de fazer o que precisava”, afirmou Botelho, defendendo a unidade do grupo político.
A troca de farpas entre Botelho e Pivetta expõe fissuras dentro do grupo político que apoia a atual gestão estadual e levanta questões sobre o futuro das alianças, especialmente com vistas às articulações para as eleições de 2026.
