Carregando...

Após ser deixado de lado pelo PL, Wellington Fagundes se aproxima de Jayme Campos e acende alerta no grupo de Mauro Mendes

Cacique do União Brasil ganha aliados, fortalece base e prepara terreno para uma das disputas mais acirradas da história política de Mato Grosso

Por Alex Rabelo – Jornalista e Analista Político

CUIABÁ (MT) – Depois de o PL virar as costas ao senador Wellington Fagundes, um novo caminho começa a se desenhar no cenário político de Mato Grosso.
Nos bastidores, a movimentação mais comentada dos últimos dias é a aproximação entre Wellington e o senador Jayme Campos (União Brasil) — uma aliança que promete mexer com o tabuleiro político e transformar a disputa de 2026 em uma verdadeira batalha de gigantes.

De um lado, o grupo de Mauro Mendes, que aposta no vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para dar continuidade ao atual projeto de governo.
Do outro, um time de peso liderado por Jayme Campos, agora fortalecido com o apoio de Wellington, e que reúne nomes influentes e insatisfeitos com o atual cenário político.

Jayme Campos: o cacique que se levanta

Veterano e estrategista, Jayme Campos tem mostrado que ainda é um dos políticos mais influentes de Mato Grosso.
Nos últimos meses, o senador intensificou viagens, conversas e reuniões, ampliando sua base política e reconectando antigas alianças.
Ao lado do irmão, ex-governador Júlio Campos, ele vem consolidando apoios de prefeitos, deputados e lideranças regionais que não se sentem representados pelas decisões centralizadas do grupo de Mauro Mendes.

Jayme tem repetido a interlocutores que a escolha do candidato ao governo não pode ser pessoal, mas sim do grupo político.
Com calma e experiência, o senador costura apoios e atrai nomes que até pouco tempo orbitavam ao redor do Palácio Paiaguás.
Agora, com Wellington Fagundes a seu lado, o jogo mudou de patamar.


🩵 Wellington e Jayme: a aliança que muda o rumo da disputa

Após ser preterido dentro do PL, o senador Wellington Fagundes decidiu reagir.
Sem espaço junto ao grupo bolsonarista e com a sigla cada vez mais alinhada a Mauro Mendes, Wellington viu em Jayme Campos um aliado natural — um político com história, base consolidada e discurso independente.

Essa união começa a preocupar o núcleo político do governo, que apostava em Pivetta como um nome praticamente imbatível.
Mas com Jayme e Wellington no mesmo lado do tabuleiro, o cenário ficou mais equilibrado — e o clima dentro do União Brasil passou de confiança para tensão.

“Jayme não aceita ser coadjuvante. Ele joga para liderar, e com Wellington ao seu lado, o equilíbrio de forças mudou completamente”, avaliou um político veterano próximo da base governista.

Racha no União Brasil e o dilema de Mauro Mendes

O fortalecimento de Jayme acendeu um sinal de alerta dentro do União Brasil.
A legenda vive um impasse: quem vai ficar e quem vai sair?

Nos bastidores, já se comenta será que Mauro Mendes pode deixar o partido para disputar o Senado em 2026, levando consigo parte de sua base e mantendo aliança com Pivetta (Republicanos).
A tendência é que o governador busque abrigo em siglas aliadas como o PL ou até o PRD, comandado por Mauro Carvalho, um de seus mais próximos aliados.

Enquanto isso, Jayme Campos segue firme dentro do União, construindo sua própria rota — e testando até onde vai a fidelidade das lideranças estaduais.
O embate entre os dois caciques parece inevitável.
A disputa pelo controle político da legenda pode ser o primeiro grande capítulo da corrida ao Palácio Paiaguás.

Um novo grupo se forma — e cresce rápido

Com a força de sua história e o peso de sua articulação, Jayme Campos já começa a reunir um exército de lideranças ao seu redor.
Entre os nomes que despontam nesse novo grupo estão:
Janaína Riva (MDB), Emanuelzinho (MDB), Carlos Fávaro (PSD) Ministro da Agricultura, Eduardo Botelho (União Brasil) — que ainda carrega mágoa da eleição municipal em Cuiabá e do episódio em que Mauro Mendes o chamou de mentiroso — além de Wilson Santos (PSD), Thiago Silva (MDB), Juarez Costa (MDB), Dr. João (MDB) e Juca do Guaraná (MDB).

Essa frente ampla ultrapassa barreiras partidárias e mostra que Jayme vai além do União Brasil — ele lidera um movimento político pela reconstrução e autonomia do estado, com discurso de equilíbrio, diálogo e fortalecimento das bases municipais.

“O cacique Jayme não fala em revanche, fala em reconstrução. Ele quer recolocar Mato Grosso no eixo político do diálogo e da união”, disse um aliado próximo.

Pedro Taques também entra no tabuleiro

Enquanto os grupos se movimentam, o ex-governador e ex-senador Pedro Taques também volta à cena política.
Com discurso firme e análises contundentes, ele tem usado entrevistas e vídeos para criticar pontos da atual gestão de Mauro Mendes e alertar sobre a importância de posicionamento político e estratégia de comunicação.

Segundo Taques, ninguém vence uma eleição apenas com estrutura — é preciso conquistar o eleitor do adversário mais forte, no caso, o próprio governador, que lidera as intenções para o Senado.
Suas declarações reforçam o clima de disputa e mostram que a eleição de 2026 está apenas começando.

O jogo começou — e a batalha promete ser histórica

O que se desenha é um duelo entre dois grandes projetos:
de um lado, o modelo de continuidade representado por Mauro Mendes e Otaviano Pivetta;
do outro, o movimento de retomada política liderado por Jayme Campos e Wellington Fagundes, agora aliados em torno de um novo caminho para Mato Grosso.

As alianças se multiplicam, os bastidores fervem e, mesmo sem campanha oficial, o clima eleitoral já domina o estado.

A pergunta que fica é:
👉 Quem vai controlar o União Brasil?
👉 Será Jayme Campos o novo desafiante do poder no Palácio Paiaguás?
👉 Ou Mauro Mendes deixará o partido para trilhar sua própria rota rumo ao Senado?

O certo é que o cenário político de Mato Grosso nunca esteve tão acirrado — e tudo indica que a eleição de 2026 será uma das mais imprevisíveis e intensas da história recente do estado.


Por Alex Rabelo
Jornalista e Analista Político

Veja o Vídeo:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cuiabá-MT 15.12.2025 03:44

Tempo Cuiabá MT

Nossos Parceiros

Categorias

Coluna Alex Rabelo

Picture of Alex Rabelo

Alex Rabelo

Sua coluna é leitura obrigatória para quem busca entender os fatos com profundidade!

Posts relacionados

Eleição não é loteria. É ciência, método e estratégia. adquira o livro a arte de ganhar eleições.

Como usar o marketing digital para virar o jogo nas urnas.