O empresário mato-grossense Odílio Balbinotti, gigante do setor agro e conhecido como um dos principais financiadores de campanhas de direita e bolsonaristas no Brasil, deixou em aberto sua filiação ao Partido Liberal (PL) para disputar o governo de Mato Grosso em 2026.
Embora Balbinotti tenha participado ativamente das eleições municipais de 2024, apoiando e doando recursos para nomes como Abilio Brunini e Cláudio Ferreira, os bastidores apontam que sua pré-candidatura ao Executivo estadual perdeu fôlego após a confirmação de que o senador Wellington Fagundes (PL) também almeja o cargo.
Bastidores: desconforto e perda de espaço
Fontes internas do PL revelam que Balbinotti teria ficado surpreso e chateado com a movimentação de Fagundes, que passou a ocupar um espaço natural de liderança e articulação dentro do partido. Isso gerou um esfriamento das conversas e levantou a pergunta: Balbinotti estaria preparando uma retirada estratégica e reavaliando seus planos, quem sabe até para apoiar Fagundes?
Presidente do PL minimiza tensão
Em entrevista, o presidente estadual do PL, Ananias Filho, tentou colocar panos quentes sobre o assunto.
“Não é que houve recuo do Balbinotti. Ele ainda não se filiou ao partido. Estamos aguardando. Ele informou que tem problemas familiares e empresariais para resolver. As portas estão sempre abertas. Ele pediu para aguardar, e isso empurrou as conversas mais para frente,” explicou Ananias.
Sobre possíveis embates entre Balbinotti e Fagundes, Ananias reforçou:
“Nunca teve disputa. Sempre teve conversa e diálogo. O Fagundes é partidário e está tranquilo. Esse adiamento não tem relação direta com competição interna, apenas empurrou o debate para mais adiante.”
O cenário político: candidaturas em avaliação
Apesar do tom diplomático das lideranças, nos bastidores do PL e do agronegócio cresce a percepção de que Balbinotti pode estar reavaliando seu papel para 2026.
Com um nome consolidado como o de Wellington Fagundes, senador experiente e com amplo trânsito partidário, Balbinotti precisa avaliar se terá espaço e apoio interno suficientes para sustentar uma candidatura própria ou se optará por uma aliança estratégica, transferindo seu peso político e financeiro para fortalecer a campanha de Fagundes.
O PL, por sua vez, mantém a postura de portas abertas, enquanto observa atentamente como os cenários internos e externos vão evoluir nos próximos meses, já em meio às primeiras articulações para a sucessão estadual.
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