O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixará pela primeira vez a custódia da Polícia Federal desde que foi preso, em 22 de novembro, para ser internado em um hospital particular de Brasília. A cirurgia para correção de duas hérnias inguinais está marcada para esta quarta-feira (24), com procedimento previsto para o dia 25.
A transferência será feita sob escolta rígida da Polícia Federal, que acompanhou e coordenou todo o deslocamento. Bolsonaro será levado diretamente a uma área restrita do Hospital DF Star, onde ficará em um setor controlado, com acesso limitado e vigilância policial 24 horas. Policiais permanecerão na porta do quarto e em áreas internas e externas da unidade.
Foto – Bolsonaro deixa prisão pela 1ª vez para cirurgia de hérnia.
Crédito: Hugo Barreto/Metrópoles
Não há previsão de alta. Assim que a equipe médica autorizar o fim da internação, Bolsonaro deverá ser reconduzido imediatamente à Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre prisão no âmbito das investigações que apuram sua participação em tentativa de ruptura institucional.
Autorização judicial e condições impostas por Moraes
A saída foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das ações que investigam o ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi baseada em:
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laudos médicos apresentados pela defesa;
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exames realizados no início de dezembro;
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perícia da própria PF, que confirmou a necessidade da intervenção.
A cirurgia foi classificada como eletiva, ou seja, não emergencial, mas necessária para corrigir o problema detectado.
Moraes autorizou a internação, mas impôs uma série de medidas rígidas:
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comunicação prévia entre PF e direção do hospital;
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desembarque em área reservada;
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vigilância contínua da PF no quarto e corredores;
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proibição de entrada de aparelhos eletrônicos no quarto, exceto equipamentos médicos;
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visitas restritas, mediante autorização judicial.
A única pessoa autorizada a permanecer como acompanhante é a esposa, Michelle Bolsonaro, desde que respeite as normas internas da unidade de saúde.
Exames identificaram duas hérnias inguinais
O quadro clínico foi confirmado após ultrassom e avaliação médica ocorrida no começo de dezembro. A defesa solicitou a cirurgia imediatamente após a identificação das hérnias, e o STF determinou que a PF realizasse perícia própria — o que validou a recomendação.
A custódia da PF permanece responsável por todo o monitoramento durante a internação.














