As tentativas de internacionalizar o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, continuam esbarrando em entraves burocráticos, apesar das promessas recorrentes de viabilizar voos internacionais. O senador Wellington Fagundes (PL), um dos principais defensores da causa, criticou os empecilhos impostos por órgãos reguladores e expressou sua frustração em relação à morosidade do processo.
“É muita burocracia. Os órgãos têm um poder exagerado. Há três meses o presidente Lula esteve aqui e estava tudo certo para assinar a internacionalização do aeroporto, mas nem o presidente nem os ministros tinham o processo em mãos. Ontem, tivemos uma reunião com a ANAC, eu e o deputado Carlos Avallone, e até agora o processo não chegou lá; está parado na Receita Federal. É um desrespeito à nossa sociedade,” lamentou Fagundes.
Apesar da reforma e reinauguração do terminal, o prazo prometido pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para liberação dos voos internacionais, que seria de 45 dias, já se esgotou sem a autorização necessária. O senador destacou que a situação segue travada em etapas burocráticas internas.
“Fizemos uma reunião ontem, cobramos. Agora, vamos precisar brigar por isso. Não dá para aceitarem que o nosso desenvolvimento fique impedido. Como disse Avallone, o nome é Aeroporto Internacional Marechal Rondon, e ele já foi internacional. Agora, com as obras prontas, tudo pronto, a burocracia não entregou,” afirmou o senador.
Fagundes criticou o impacto da burocracia sobre o crescimento econômico do país. “Hoje estive com presidentes de associações comerciais, e a verdade é que a burocracia ainda reina no Brasil. Mesmo com um Ministério da Desburocratização, cada órgão quer ser dono de um poder,” concluiu.