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Cautela política: Pivetta freia debate sobre 2026 e evita antecipar disputa pelo governo

Apesar de já ter tornado público seu desejo de comandar Mato Grosso a partir de 2027, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) decidiu adotar uma postura mais discreta em relação às eleições estaduais. Ele anunciou que não comentará mais sobre candidaturas até o período oficial das convenções partidárias, entre julho e agosto de 2026. A decisão, segundo o próprio, visa preservar a estabilidade da gestão e evitar desgastes políticos prematuros.

A mudança de tom revela uma estratégia política clara: evitar conflitos desnecessários dentro da base governista e manter o foco nas entregas da atual gestão, liderada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), com quem Pivetta mantém uma parceria consolidada desde 2019.

“Discutir sobre candidaturas agora é só para atrapalhar o trabalho. E não é pouca coisa que nós temos que fazer. Temos muito pela frente. Então não precisamos antecipar essa discussão, porque ela vai chegar naturalmente”, declarou Pivetta.

Ruídos e desconfortos na base aliada

Nos bastidores, a antecipação do debate sucessório gerou desconforto em nomes que também despontam como potenciais pré-candidatos, como os senadores Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL). Ambos têm manifestado interesse, direta ou indiretamente, na corrida pelo Palácio Paiaguás, o que torna o ambiente ainda mais sensível dentro da base.

Pivetta reconhece esse cenário e avalia que a antecipação do debate político coloca temas importantes do Estado em segundo plano, substituídos por movimentações eleitorais que ainda não cabem no calendário.

“Está tudo muito bem claro, tanto a minha quanto a posição do governador Mauro, há muito tempo. Tenho minha disposição. Mas tudo que a gente antecipar é só conflito. Nós não precisamos disso”, reforçou.

Jantar político e movimentos paralelos

O anúncio de contenção por parte de Pivetta vem poucos dias após sua aparição de destaque em um jantar político com o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP), que indicava justamente o contrário: um movimento de ampliação de apoios e articulações em torno de sua pré-candidatura.

No entanto, ao que parece, os sinais de alerta acenderam dentro da aliança, especialmente após o governador Mauro Mendes promover, no início desta semana, um encontro com lideranças do União Brasil, entre elas o senador Jayme Campos. O objetivo: realinhar a base e evitar rachas prematuros.

A lógica do tempo político

Ao suspender o debate sobre 2026, Pivetta sinaliza que pretende jogar com a lógica do tempo político. Ao invés de alimentar disputas, prefere aguardar o amadurecimento natural do processo, preservando o projeto de governo e o equilíbrio da aliança que reelegeu Mauro Mendes com ampla maioria em 2022.

Nos bastidores, o recado é claro: quem tentar antecipar o jogo corre o risco de se desgastar, num momento em que o eleitor espera foco em gestão, resultados e estabilidade.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:46

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