O assassinato de Ana Paula Abreu, de 33 anos, morta com mais de 20 facadas pelo próprio marido em Sinop, neste domingo (24), chocou Mato Grosso e expôs, mais uma vez, a barbárie da violência contra a mulher.
Indignada, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) — uma das maiores vozes femininas do Parlamento — disse que o Brasil precisa discutir penas mais duras, como prisão perpétua e até mesmo pena de morte, para assassinos de mulheres.
“Perdemos mais uma vítima de feminicídio em um dos estados que mais matam mulheres no Brasil. Deixo minha solidariedade à família de Ana Paula e reforço: as penas atuais, de até 40 anos, não têm resolvido. É urgente discutir a prisão perpétua e a pena de morte. Não temos mais outro caminho para barrar esses crimes”, afirmou Janaina.
Amor que terminou em tragédia
O caso de Ana Paula revela o contraste cruel entre a vida real e a aparência nas redes sociais. Poucos dias antes de ser morta, ela fez uma declaração de amor ao marido, chamando-o de “o homem da sua vida”.
Para Janaina, o crime é a prova de que o feminicídio não escolhe classe social, cor ou condição financeira. “Nós, mulheres, precisamos estar atentas aos sinais: agressão verbal, violência psicológica, financeira ou física. Nada disso é normal. Precisamos denunciar para salvar vidas”, disse.
Mato Grosso entre os piores estados
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso está entre os 11 estados que mais matam mulheres. Em 2024, só esse grupo de estados somou 757 feminicídios, um aumento de 18% em relação ao ano anterior.
A voz da causa
Janaina Riva tem se consolidado como porta-voz das mulheres vítimas de violência, trazendo para o centro do debate a necessidade de leis mais rígidas e políticas de proteção mais eficazes. Sua fala após o crime de Sinop ecoa como um apelo à sociedade: “Chega de mortes de mulheres. O Brasil não pode mais tolerar essa barbárie.”














