A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (29) a manutenção da bandeira tarifária vermelha no patamar 2, a mais alta do sistema. Com isso, a conta de luz terá um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A decisão foi tomada devido ao período de estiagem, que mantém os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, a principal fonte do sistema, abaixo da média.
“As atuais condições de afluência dos reservatórios das usinas, abaixo da média, não são favoráveis para a geração hidrelétrica. Em consequência, há a necessidade de maior acionamento de usinas termelétricas, com elevados custos de geração, o que justifica a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 para setembro”, explicou a Aneel em nota.
Este é o terceiro mês consecutivo com a aplicação de uma bandeira vermelha. Em junho e julho, vigorou a bandeira vermelha patamar 1 (com custo de R$ 4,16 por 100 kWh), que foi elevada para o patamar 2 em agosto, valor mantido agora para setembro.
Entenda o sistema de bandeiras
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como um semáforo que sinaliza o custo real da geração de energia. As cores indicam se a energia está cara ou barata, refletindo principalmente as condições hidrológicas:
- Bandeira Verde: Condições favoráveis. Não há acréscimo na tarifa.
- Bandeira Amarela: Condições menos favoráveis. Adicional de R$ 2,00 a cada 100 kWh.
- Bandeira Vermelha – Patamar 1: Condões mais custosas. Adicional de R$ 4,16 a cada 100 kWh.
- Bandeira Vermelha – Patamar 2: Condições mais críticas. Adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
O valor arrecadado com o adicional das bandeiras é repassado às empresas do setor para cobrir os custos extras com a geração de energia, evitando que esse impacto seja diluído nas tarifas de forma definitiva.














