A partir de 1º de junho, o brasileiro vai sentir mais um peso no bolso: a conta de luz ficará mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta sexta-feira (30) a ativação da bandeira tarifária vermelha, nível 1, em todo o território nacional.
O que isso significa?
A cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, será cobrado R$ 4,46 adicionais. Para uma residência que consome em média 200 kWh por mês, por exemplo, a conta vai subir cerca de R$ 9 só pela bandeira — sem contar os demais tributos, encargos e reajustes estaduais.
Exemplo prático:
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Consumo médio mensal: 250 kWh
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Custo adicional só da bandeira: R$ 11,15
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Se somarmos impostos e taxa de iluminação pública, a conta pode subir até R$ 20 ou mais por residência.
Por que essa cobrança extra?
O país está entrando no período seco, com redução drástica das chuvas. Isso afeta diretamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia no Brasil. Para manter o fornecimento, o sistema elétrico é forçado a ativar usinas termelétricas, que produzem energia com custo muito mais alto — e quem paga essa conta é o consumidor.
De verde para vermelho em 60 dias
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Abril: Bandeira verde (sem custo adicional)
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Maio: Bandeira amarela (acréscimo de R$ 1,88 por 100 kWh)
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Junho: Bandeira vermelha nível 1 (acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh)
Indignação nas redes
O anúncio caiu como uma bomba entre consumidores e especialistas. “Já estamos apertando o orçamento com alta dos alimentos, combustíveis e agora mais essa?”, questiona um internauta em rede social.
E vem mais por aí?
Segundo a Aneel, se a estiagem persistir, há risco de a bandeira vermelha continuar até setembro ou outubro, o que agravaria ainda mais a crise energética e o impacto no custo de vida.