A CPI da CS Mobi, em andamento na Câmara Municipal de Cuiabá, ganhou novos elementos nesta quarta-feira (24). O prefeito Abilio Brunini (PL) apresentou documentos que, segundo ele, apontam para possíveis irregularidades desde a origem do contrato de R$ 650 milhões, firmado na gestão anterior.
De acordo com Abilio, a empresa vencedora já teria apresentado o projeto em 2019, antes mesmo da licitação. Para ele, isso compromete a lisura do processo. Outro ponto citado foram aditivos que poderiam gerar lucros superiores a R$ 300 milhões, além do uso do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia, que já ocasionou bloqueios de recursos importantes para áreas como saúde e educação.
Gestão atual sob pressão
Apesar do avanço nas investigações, muitos cuiabanos têm questionado se o tema não tem servido também para desviar o foco de fragilidades enfrentadas pela gestão atual.
Entre os pontos mais comentados estão:
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Alta rotatividade de secretários – mudanças frequentes no secretariado dificultam a continuidade de projetos e comprometem a formação de uma equipe sólida.
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Conflitos internos – disputas de bastidores e falta de alinhamento prejudicam decisões estratégicas.
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Dificuldade em delegar funções – a máquina administrativa encontra obstáculos para dar andamento a projetos estruturantes, o que limita entregas concretas para a população.
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Promessas ainda sem execução – embora a gestão Emanuel Pinheiro tenha ficado para trás, muitos problemas permanecem sem solução no dia a dia da cidade.
Expectativa
Os vereadores consideraram os novos documentos relevantes para os trabalhos da CPI e cobraram explicações da CS Mobi, que não enviou representante oficial.
Enquanto isso, a população acompanha de perto não apenas o desenrolar da investigação, mas também aguarda sinais de que a atual administração conseguirá superar seus impasses internos e avançar em projetos que tragam resultados reais para Cuiabá.














