A partir desta terça (2), todos os solicitantes, inclusive crianças e idosos, terão de passar por entrevista; taxa extra de US$ 250 eleva o custo total do visto para mais de R$ 2 mil
As novas regras para solicitação de visto de não imigrante para os Estados Unidos entraram em vigor nesta terça-feira (2). A partir de agora, todos os solicitantes — inclusive crianças menores de 14 anos e idosos com mais de 80 anos, que antes eram isentos — precisarão passar por entrevista presencial em um consulado norte-americano.
A mudança, anunciada em julho pelo Departamento de Estado dos EUA, vale para cidadãos de todos os países. A exigência de entrevista não se aplica apenas a casos específicos, como pedidos de vistos diplomáticos e oficiais, funcionários de organizações internacionais, militares e pessoas que estejam renovando um visto vencido há menos de 12 meses, desde que o anterior tenha sido emitido quando o solicitante já tinha pelo menos 18 anos.
Para conseguir a isenção na renovação, o viajante deve apresentar o pedido no país de residência ou nacionalidade, não ter tido visto recusado (exceto se a negativa já tiver sido revertida ou renunciada) e não possuir nenhuma inelegibilidade aparente. Mesmo assim, os agentes consulares podem determinar entrevistas presenciais, caso a caso. No Brasil, os consulados dos EUA estão localizados em Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.
O visto de não imigrante é concedido para estadias temporárias e abrange diferentes finalidades, como turismo, negócios, estudo, tratamento médico e trabalho temporário. Ele se diferencia do visto de imigrante, destinado a quem busca residência permanente nos EUA.
Nova taxa eleva custo do visto para mais de R$ 2 mil
Além da exigência de entrevista, o processo de obtenção do visto ficará mais caro. Em julho, o Congresso norte-americano aprovou a criação da chamada Taxa de Integridade do Visto, no valor de US$ 250, que será cobrada em todos os pedidos de visto de não imigrante.
O valor será somado à taxa já existente de US$ 185, elevando o custo total para US$ 435 — o equivalente a mais de R$ 2 mil na cotação atual. Em algumas situações, a taxa extra poderá ser reembolsada.
A cobrança está prevista para entrar em vigor em 1º de outubro, início do ano fiscal nos Estados Unidos, mas ainda não houve confirmação oficial da data pelo governo norte-americano.














