O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (UB), criticou fortemente os deputados estaduais que, na semana passada, participaram de articulações para apresentar um projeto de revogação da Lei da Pesca (Lei nº 12.434, de 01 de março de 2024). A crítica de Botelho, embora sem citar nomes diretamente, foi direcionada a parlamentares como Faissal Calil (Cidadania), Gilberto Cattani (PL) e Sebastião Rezende (UB), que, junto ao então candidato e agora prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini, defenderam mudanças na legislação durante o período eleitoral.
Durante conversa com a imprensa, Botelho lamentou a ausência dos mesmos parlamentares na Sessão Ordinária desta quarta-feira (30) e apontou a atitude como uma tentativa eleitoreira. “Eu quero inclusive defender. A discussão tava grande, e cadê? Parou a discussão? Era só para a eleição? Cadê o povo que tava gritando? Era só para ganhar o voto? Hoje, ninguém tocou no assunto na Sessão. Nas outras sessões, estavam lá, cada um de um lado, defendendo. Era só pra eleição, só pra ganhar o voto, só mentira”, disparou Botelho.
Desentendimento com o Governador Mauro Mendes
Botelho também aproveitou para alfinetar o governador Mauro Mendes (União). Durante o primeiro turno, mesmo com o apoio do governador, os dois tiveram um desentendimento sobre a Lei da Pesca. Em campanha, Botelho havia declarado torcer para que a lei fosse derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mendes, visivelmente contrariado, rebateu afirmando que “não é possível agradar a todos”, o que Botelho considerou uma declaração infeliz e fora da realidade.
Ao finalizar suas críticas, Botelho ressaltou que a discussão fervorosa sobre a Lei da Pesca, que dominava os discursos durante o período eleitoral, desapareceu após o fim das eleições, sinalizando que, segundo ele, o debate serviu apenas como estratégia de campanha.
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