O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, quebrou o silêncio neste fim de semana para comentar o embate público que travou com a deputada estadual Janaina Riva (MDB), após trocas de acusações que começaram na tribuna da Assembleia Legislativa e tomaram as redes sociais.
O estopim foi uma fala da deputada criticando a condução das emendas parlamentares e desafiando Garcia a “virar homem”. Segundo o secretário, a frase ultrapassou o limite do debate político.
“Não foram críticas, foram ataques pessoais. Ela disse que eu tinha que provar que era homem, fez uma referência racista. Isso não é política, é ataque pessoal,” afirmou Garcia, destacando que não aceitará ofensas direcionadas à sua pessoa.
Debate político sim, ataques pessoais não
Fábio Garcia reforçou que está aberto ao embate no campo das ideias, mas não aceita que as discussões ultrapassem para o lado pessoal.
“Eu entrei na política de cabeça erguida e vou sair um dia de cabeça erguida. Eu respeito as pessoas e peço respeito também. Quer debater política? Vamos debater. Mas ataque pessoal, eu não aceito,” declarou.
Referência à família Riva: “Não falei nada novo”
Após ser acusado por Janaina de atingir sua honra familiar, Garcia reafirmou que apenas mencionou fatos públicos conhecidos da trajetória política do pai da deputada, o ex-deputado José Riva, condenado por corrupção.
“Eu falei verdades. Não falei nada que ninguém em Mato Grosso não saiba. O ex-deputado José Riva é reconhecidamente o político mais corrupto desse estado. Acho que a família Riva não tem moral para apontar o dedo na cara de ninguém,” disparou o secretário.
Janaina rompe com governo
O secretário também comentou a decisão política de Janaina Riva de romper com o Palácio Paiaguás.
“Ela decidiu ser oposição. Eu respeito a decisão das pessoas. Quer ser oposição? Sem problemas. Mas cada um faz seu trabalho. Ela como parlamentar, eu como chefe da Casa Civil,” pontuou.
Pagamentos de emendas parlamentares
Sobre as emendas — ponto que originou o embate — Garcia afirmou que o governo tem cumprido rigorosamente os repasses.
“No primeiro ano, pagamos 99% das emendas, no segundo ano 98%, e este ano não será diferente. A lei determina que emendas impositivas são obrigatórias, mas o trâmite interno não é decidido por um parlamentar individualmente,” explicou.