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Governo descarta compra da Santa Casa e Figueiredo critica articulação de Emanuelzinho: “Oportunismo político”

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, foi categórico ao afirmar que o Governo de Mato Grosso não tem interesse na compra do prédio da Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá. A declaração foi dada nesta terça-feira (22), durante entrevista coletiva. O prédio, que irá a leilão com lance mínimo de R$ 57,4 milhões, será vendido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) nos próximos dias.

Além de descartar totalmente a aquisição, o secretário alfinetou o deputado federal Emanuelzinho (MDB), que articula em Brasília para repassar a administração do hospital ao Governo Federal. Para Figueiredo, a tentativa é tardia e oportunista.

“No momento como esse aparecem muitos oportunistas fazendo relações como se agora fossem acontecer milagres. Desde 2019, quando reabrimos a Santa Casa, não houve nenhuma contribuição do Governo Federal para custear a unidade, nem na gestão Bolsonaro, nem agora com Lula”, disparou.

Gilberto Figueiredo ainda lembrou que a estrutura do hospital é antiga e apresenta manutenção cara, ultrapassada para os padrões exigidos pelo SUS. Segundo ele, o custo mensal de manutenção ultrapassa R$ 1 milhão.

“A Santa Casa é um prédio de mais de 200 anos, que não pertence ao Estado. Exige reparos constantes e dificulta até a habilitação de serviços junto ao Ministério da Saúde. Hoje, a prioridade é investir em hospitais novos e próprios do Governo de Mato Grosso”, justificou.

Apesar disso, o secretário afirmou que o governo não irá se opor caso a Prefeitura de Cuiabá consiga adquirir o prédio e sinalizou apoio à futura gestão da unidade por parte do município.

“Se a prefeitura ou terceiros adquirirem, o governo pode ser parceiro. Mas não está nos nossos planos participar do leilão”, disse.

Ataques e defesa

A movimentação de Emanuelzinho para tentar repassar a Santa Casa à União também foi ironizada por Figueiredo, que considerou a articulação “curiosa” e questionou o porquê do governo federal nunca ter se manifestado antes.

“É curioso que agora apareça essa mobilização em Brasília, depois de anos sem nenhuma ajuda federal. Estamos construindo o maior hospital de alta complexidade de Mato Grosso sem um centavo da União”, alfinetou o secretário.

Histórico de uso e encerramento de ciclo

Apesar da negativa de compra, Gilberto Figueiredo reconheceu a importância histórica da Santa Casa e lembrou que a unidade teve papel importante no atendimento da população, principalmente durante a pandemia da Covid-19.

“Me empenhei muito para reabrir a Santa Casa em 2019, quando ela estava fechada. Nunca vou torcer para o fechamento de equipamentos públicos de saúde. É um hospital importante, com número significativo de leitos e salas de cirurgia”, concluiu o secretário.

Com o encerramento da parceria entre o governo estadual e a Santa Casa, o futuro da unidade hospitalar segue incerto. A expectativa agora gira em torno do leilão e da possibilidade da Prefeitura ou alguma entidade adquirir o prédio e retomar sua operação.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:47

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