Pesquisa mostra queda leve em junho, mas famílias seguem cautelosas com compras e consumo a longo prazo
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a apresentar retração em Cuiabá pelo sétimo mês consecutivo, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em junho, o índice teve leve recuo de -0,4%, fechando o mês com 103,8 pontos.
Apesar da queda, o desempenho foi melhor do que o registrado em maio, indicando uma possível desaceleração na tendência de retração.
Consumo segue abaixo do ano passado
Na comparação com junho de 2024, o índice atual é 2,3% inferior — naquele período, a ICF marcava 106,2 pontos. O estudo é analisado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MT (IPF-MT), que aponta que o comportamento das famílias está diretamente ligado ao cenário econômico nacional e à instabilidade internacional, fatores que geram insegurança sobre o futuro.
🔻 Queda em itens de longo prazo
A cautela dos consumidores é mais evidente nos gastos de médio e longo prazo. Componentes como:
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Perspectiva Profissional: -6,6%
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Compra a Prazo: -4,2%
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Momento para Duráveis: -2,5%
apresentaram retração e seguem em trajetória negativa desde o mês anterior.
Sinais de recuperação pontual
Por outro lado, o mês de junho trouxe sinais de leve otimismo em outros indicadores, que voltaram a crescer pela primeira vez em 2025:
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Emprego Atual: +3,1%
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Perspectiva de Consumo: +3,7%
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Nível de Consumo Atual: +3,4%
Esses dados indicam que, embora o índice geral tenha recuado, há melhora na percepção sobre o presente, principalmente em relação ao emprego e ao consumo imediato.
“Apesar da redução do índice geral, o aumento na avaliação do emprego e do consumo atual sugere uma retomada gradual da confiança das famílias mato-grossenses”, aponta a análise do IPF-MT.
Cenário nacional: estabilidade frágil
No Brasil, o ICF registrou 100,8 pontos em junho — ligeiramente acima da linha de insatisfação (abaixo de 100 pontos). Ainda assim, o índice está 2,2 pontos abaixo do registrado em junho de 2024, revelando um comportamento semelhante ao da capital mato-grossense.
As incertezas econômicas e o receio de comprometer o orçamento familiar continuam pesando nas decisões de consumo.
🛍 Confiança do comércio avança pelo terceiro mês seguido
Na contramão do consumidor, os comerciantes de Cuiabá demonstraram mais otimismo. A pesquisa que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) teve alta de 2,1% em junho, alcançando 104,1 pontos.
Mesmo assim, o índice ainda está abaixo dos 106,6 pontos registrados no mesmo período do ano passado, o que indica que a recuperação do setor ainda é gradual.
“Apesar da melhora no índice e do avanço nos investimentos e contratações, a percepção negativa sobre a economia nacional ainda afeta as decisões dos empresários”, diz a análise da Fecomércio-MT.
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