Com uma longa trajetória na política mato-grossense — ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e estadual, e ex-prefeito de Várzea Grande — Júlio Campos (União) surpreendeu ao afirmar que Várzea Grande poderá ultrapassar Cuiabá em número de habitantes até 2050.
A declaração foi feita nesta quinta-feira (15), durante o desfile cívico em comemoração aos 158 anos de Várzea Grande, e se baseia nas projeções do IBGE e em fatores que, segundo ele, favorecem o crescimento do município.
“Segundo as previsões do IBGE, no ano 2050, Várzea Grande vai ter mais população que Cuiabá, porque aqui cresce muito. Há terreno, há espaço disponível e barato ainda, diferente do que ocorre com os preços de terra na capital,” afirmou Júlio.
A fala de Campos não é isolada — ela vem de alguém que acompanhou de perto o crescimento das duas maiores cidades do estado. Para ele, a acessibilidade à moradia, o preço das terras e o ritmo de expansão urbana são determinantes para essa virada populacional.
Atualmente, o Censo 2022 do IBGE mostra Cuiabá com 618.124 habitantes, contra 287.526 em Várzea Grande. Mas, para Júlio, essa diferença tende a diminuir significativamente com o tempo.
Reconhecimento à prefeita, mesmo na oposição
Mesmo sendo opositor político da atual prefeita Flávia Moretti (PL), Campos adotou um tom de respeito à gestão:
“A prefeita recém-assumiu, já está fazendo um esforço concentrado. Vai demorar, mas acredito que com o decorrer do mandato as coisas irão ser superadas.”
A principal dor da cidade, segundo ele: falta de água
Mais do que buracos nas ruas, o deputado aponta a crise no abastecimento de água como o maior desafio atual de Várzea Grande.
“O maior problema nosso não é tanto os buracos, mas a falta da água. Este é terrível e o povo continua sofrendo.”
Ele defende a privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE) como solução para o problema, que considera crônico e estrutural.
❓Visão estratégica ou discurso político?
A declaração de Júlio Campos levanta o debate:
Várzea Grande realmente pode se tornar maior que Cuiabá?
Ou estamos diante de uma leitura política com intenção eleitoral?
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