Com dois casos suspeitos de sarampo em investigação nos municípios de Cáceres e Sinop, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) estendeu a aplicação da chamada “dose zero” da vacina para os 142 municípios mato-grossenses. Antes restrita a cinco cidades na faixa de fronteira com a Bolívia, a medida preventiva agora vai imunizar crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias.
Desde janeiro, o Estado registrou 36 notificações da doença — 34 descartadas e duas em análise — sem casos confirmados até o momento. A ampliação segue recomendação do Ministério da Saúde, que alerta para o risco de reintrodução do vírus.
A “dose zero” não substitui as vacinas do calendário de rotina, aplicadas aos 12 e 15 meses. Crianças de 6 meses a 8 meses e 29 dias recebem a dupla viral (sarampo e rubéola), enquanto as acima de 9 meses são vacinadas com a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba).
Desde o início de julho, Cáceres, Comodoro, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião e Vila Bela da Santíssima Trindade já adotam a estratégia. A Bolívia, país vizinho, contabilizou 229 casos até a última semana.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, afirma que todos os municípios estão autorizados a aplicar a dose extra:
“Queremos ampliar a barreira de proteção e evitar a reintrodução do vírus no Estado.”
Doença altamente contagiosa
O sarampo é uma infecção viral transmitida por vias respiratórias. O vírus pode permanecer ativo no ambiente por horas e provocar sintomas como febre alta, tosse, manchas vermelhas na pele, irritação nos olhos e coriza. Mesmo prevenível por vacina, pode causar complicações graves como pneumonia, encefalite e, em casos extremos, levar à morte — especialmente em crianças menores de 5 anos e pessoas com imunidade comprometida.














