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Mauro Mendes crava apoio a Pivetta para o governo e confirma pré-candidatura ao Senado

Movimentações de bastidores colocam grupo governista em campo e abrem nova fase na disputa por 2026

Em uma reunião estratégica na noite desta terça-feira (8), o governador Mauro Mendes (União Brasil) confirmou seu apoio à candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para a sucessão estadual em 2026. No mesmo encontro, Mendes declarou publicamente sua intenção de disputar uma das duas vagas ao Senado da República, sacramentando o novo desenho político do grupo que comanda o Estado.

A reunião contou com a presença de lideranças influentes como o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, o ex-governador Blairo Maggi, o ex-senador Cidinho Santos, o presidente da ALMT Max Russi, e vários deputados estaduais, federais e pré-candidatos. A palavra de ordem foi unidade, planejamento e antecipação da disputa eleitoral.

“É um apoio de peso”, diz Pivetta

Em contato com o MT Urgente, Otaviano Pivetta comemorou o gesto político de Mauro Mendes.

“Estou muito feliz e lisonjeado. É um apoio de peso, de um amigo e parceiro de longa data. Vamos seguir no caminho do desenvolvimento para Mato Grosso”, afirmou.

Pivetta lembrou que caminha com Mendes desde 2010, e que a dobradinha se consolidou nas eleições de 2018 e 2022. Pela legislação eleitoral, mesmo sendo vice-governador por dois mandatos, ele pode disputar o cargo de governador, e agora se fortalece com o aval direto do chefe do Executivo.

Senadores, emendas e pressões: a costura é delicada

Apesar da sinalização de força, o grupo ainda precisa superar desafios internos. Um dos principais entraves é a disputa pelas duas vagas ao Senado. A deputada estadual e futura presidente do MDB, Janaina Riva, já se posicionou como pré-candidata. O senador Jayme Campos (União) também cogita buscar a reeleição. Ambos estiveram no centro das conversas — e das preocupações.

Nos bastidores, há o receio de que a escolha por Pivetta e Mauro cause rachaduras na base aliada. Além disso, o próprio Pivetta enfrenta resistências após ter encaminhado à CGE e à Deccor denúncias envolvendo emendas parlamentares supostamente desviadas na Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). A atitude foi vista por parte dos deputados como “exposição desnecessária”, criando um ruído político ainda em aberto.

Distribuição de poder: o quebra-cabeça eleitoral

A reunião também definiu diretrizes para a montagem da futura chapa. Serão disputados sete cargos majoritários: governador, vice, dois senadores e quatro suplentes. A missão dos articuladores é acomodar todas as forças políticas, evitar defecções e conter o avanço de adversários.

O ex-senador Cidinho Santos, em entrevista ao programa Resumo do Dia, disse que o grupo buscará consenso com o MDB e que haverá conversas diretas entre Pivetta e Jayme Campos. Cidinho ainda deixou no ar a possibilidade de repetir a chapa de 2010, onde foi suplente de Blairo Maggi no Senado — agora podendo ocupar a vaga de Mendes.

Lisboa, PL e MDB: outras frentes em movimento

Enquanto os líderes se reuniam em Cuiabá, outros movimentos paralelos aconteciam em Portugal, durante o 13º Fórum Jurídico de Lisboa. Por lá, Janaina Riva, Eduardo Botelho e o senador Wellington Fagundes (PL) conversaram com nomes nacionais, incluindo Michel Temer e Baleia Rossi, presidente do MDB. Janaina confirmou que “boas conversas” aconteceram, sem revelar detalhes.

O problema: Janaina é casada com o filho de Wellington Fagundes, que também se articula para disputar o governo de Mato Grosso pelo PL, com aval de Jair Bolsonaro. Isso cria um impasse direto com Mauro e Pivetta, que tentaram se aproximar do PL, mas foram vetados por Fagundes e José Medeiros.

📌 O que está em jogo:

  • Mauro Mendes será candidato ao Senado.

  • Otaviano Pivetta assume a frente da disputa pelo governo com apoio do Palácio Paiaguás.

  • MDB e União Brasil ainda negociam espaços e candidatura ao Senado.

  • Crises internas e resistências políticas ainda precisam ser superadas.

  • PL de Wellington Fagundes articula chapa paralela para o governo.

Fala de peso

“Precisamos manter os 12 anos de crescimento e prosperidade que Mato Grosso vem vivendo. O PP estará com Pivetta e o nosso grupo”, afirmou Blairo Maggi, que também participou da reunião.

O desafio agora é transformar o apoio de cúpula em base consolidada, capaz de garantir palanque, votos e fidelidade até outubro de 2026. E, claro, evitar que os descontentes abram novas frentes de oposição ou migrem para outros grupos.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:41

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