O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), se posicionou a favor do projeto de lei que libera jogos de azar no Brasil, que está na pauta de votação do Senado nesta terça-feira (8). A proposta permite o funcionamento de cassinos, bingos, videobingos, jogo do bicho, apostas em corridas de cavalos, entre outras modalidades.
O texto foi apresentado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e é relatado pelo senador Irajá (PSD-GO). A medida é polêmica e enfrenta resistência de parte da oposição e da bancada evangélica.
“Vamos deixar de ser hipócritas”, diz Mendes
Em entrevista à imprensa, Mauro Mendes afirmou que os jogos já ocorrem no país de forma clandestina há décadas, e que a regulamentação representaria geração de empregos, arrecadação de impostos e controle da atividade.
“O mundo inteiro tem isso [cassinos]. Agora, jogos clandestinos existem no Brasil inteiro e ninguém fala nada. Vamos deixar de ser hipócritas. Vamos oficializar, fazer pagar imposto, gerar riqueza”, disparou o governador.
Mendes também destacou que países desenvolvidos mantêm regras claras para o setor de apostas, e que a regulamentação no Brasil permitiria combater a prática ilegal de jogos online, como os chamados “jogos do tigrinho”.
“Tem jogos eletrônicos que não pagam nada, não fazem nada. O jogo do bicho acontecendo no Brasil inteiro também não paga nada. Isso é hipocrisia. Melhor regulamentar, acabar com as ilegalidades e colocar tudo dentro da lei”, concluiu.
Impacto econômico
Segundo o relator do projeto, senador Irajá, a liberação dos jogos de azar pode:
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Atrair R$ 100 bilhões em investimentos;
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Gerar R$ 20 bilhões em impostos;
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Criar 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos;
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Dobrar o número de turistas estrangeiros no país.
⚖️ Ponto de tensão
O projeto é alvo de forte resistência de parlamentares da oposição e líderes religiosos, que alertam para os riscos do vício em jogos e problemas sociais que podem ser agravados com a legalização.
Apesar disso, Mendes acredita que o país está pronto para lidar com o tema com seriedade:
“Tem que fazer como os países desenvolvidos: criar regras claras, gerar entretenimento e oportunidades dentro da legalidade.”














