O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (20), em Brasília, que a recém-criada União Progressista – federação formada pelo União Brasil e Progressistas (PP) – tem a missão de construir uma política diferente dos demais partidos, capaz de entregar resultados concretos e não repetir os erros que, segundo ele, levaram à derrota da direita em 2022.
Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Mendes destacou que o bloco precisa se organizar para que, nas eleições de 2026, não seja surpreendido novamente.
“Que na eleição do ano que vem, não sejamos surpreendidos mais uma vez pelo resultado como fomos nas últimas. A União Progressista nasce para mostrar um caminho diferente”, afirmou o governador.
Crise fiscal e segurança pública
Mendes voltou a reforçar discursos que já adota em Mato Grosso, alertando para os graves problemas nacionais. Segundo ele, o Brasil enfrentará nos próximos anos a pior crise fiscal de sua história, além de conviver com uma situação crítica na segurança pública.
“O Brasil vive hoje gravíssimos problemas na segurança pública e nós, partidos políticos, temos que debater isso com profundidade. É isso que eu espero da União Progressista, e tenho certeza que esse partido será capaz de produzir soluções concretas para os próximos meses e anos”, disse.
Descrédito da política
O governador também fez um alerta sobre a crescente descrença da população em relação à política e aos partidos. Ele afirmou que a insatisfação do eleitor é resultado de décadas de frustrações com os governos que não entregaram os resultados esperados.
“A política e os resultados do Estado brasileiro deixaram a desejar ao longo de décadas. O cidadão tem razão ao manifestar sua revolta, muitas vezes em decisões disruptivas e incompreendidas, mas que, no fundo, revelam seu descontentamento com aquilo que temos produzido”, pontuou.
Estratégia para 2026
O tom adotado por Mendes vai ao encontro da linha política que a União Progressista deve assumir: distanciamento do governo Lula e construção de uma frente de centro-direita unificada para 2026. A expectativa é que o grupo apoie uma possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como alternativa nacional contra a esquerda.














