O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou nesta quinta-feira (2/10) que suas declarações a respeito do atendimento a mulheres vítimas de violência em Várzea Grande foram “absolutamente mal interpretadas”. O chefe do Executivo voltou a defender as ações do Governo de Mato Grosso na proteção às vítimas e no enfrentamento à criminalidade.
A fala ocorreu durante o lançamento do projeto Recupera MT, do Tribunal de Justiça, voltado ao combate ao crime organizado. Em entrevista, Mendes disse que a repercussão negativa partiu de uma “distorção” do que teria sido seu posicionamento.
Na última terça-feira (30/9), a vereadora Gisa Barros (sem partido) usou a tribuna da Câmara Municipal de Várzea Grande para criticar o governador, cobrando novamente a instalação de uma Delegacia da Mulher 24 horas na cidade — demanda antiga da população e prevista em legislação federal. A reação ocorreu após Mendes ter sido citado como autor da frase de que “não seria doloroso atravessar uma ponte” para que vítimas de violência buscassem atendimento em Cuiabá.
Defesa das ações estaduais
Ao rebater as críticas, Mauro Mendes ressaltou que Mato Grosso conta com uma rede de mecanismos de proteção.
“Isso foi absolutamente mal interpretado. A Polícia Civil e as Forças de Segurança têm inúmeros mecanismos, como a Patrulha Maria da Penha, presente em várias cidades do Estado. Nós temos delegacias 24 horas, o programa SOS Mulher e uma rede de proteção social que pode até ajudar financeiramente quem precisar sair de casa”, afirmou.
Ele também destacou campanhas educativas promovidas pelo governo, reforço no atendimento às vítimas e as mudanças legislativas que endureceram as punições contra agressores.
“Quem cometer esse crime covarde pode pegar até 40 anos de prisão. Nós queremos combater essa sensação de impunidade que ainda existe e que faz com que muita gente acredite que não vai dar em nada. Isso destrói famílias, vidas de mães e até de pais”, disse o governador.
Resposta às críticas
Mendes reagiu ainda às manifestações contrárias que se seguiram após sua fala, adotando tom crítico aos opositores.
“Cabe aos adversários fazer difamação, porque eles não têm a capacidade de construir. Tem muita gente que critica e nunca fez absolutamente nada, mas isso é democracia. Você tem que ouvir isso. Não dá para sair brigando com todo mundo que está falando merda por aí”, disparou.














