O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), descartou a possibilidade de o Governo do Estado assumir o controle do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande, mesmo após sugestão do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo.
Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (26), Mauro afirmou que ainda não teve acesso aos argumentos técnicos apresentados pelo TCE, mas deixou claro que o Estado não pode assumir problemas que são de responsabilidade das prefeituras.
“Eu não conheço os detalhes do que foi apresentado. Mas o problema da água em Várzea Grande é antigo. O governador não pode sair assumindo todos os problemas de todos os municípios. Os prefeitos precisam assumir suas responsabilidades. Tem solução, mas não dá pra jogar tudo no colo do Estado”, afirmou.
TCE sugeriu intervenção do Estado
Na terça-feira (25), o presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, defendeu que o Governo do Estado assuma o comando do DAE de Várzea Grande. A declaração ocorreu durante o julgamento das contas da autarquia referentes ao ano de 2023.
Na sessão, ele criticou gestões anteriores do órgão e afirmou que a cidade não tem mais condições de enfrentar sozinha a crise no abastecimento de água.
Prefeitura estuda concessão do DAE
Mauro Mendes reforçou que existem alternativas para resolver o problema sem intervenção direta do Estado. Uma delas, segundo ele, é a concessão dos serviços para a iniciativa privada, modelo já adotado em Cuiabá.
Essa medida, inclusive, faz parte das promessas de campanha da prefeita Flávia Moretti (PL), que já iniciou estudos técnicos em 2025 para viabilizar a concessão do DAE.
“Talvez a saída seja o mesmo caminho adotado por Cuiabá, que foi a concessão. Essa é uma alternativa real”, concluiu o governador.














