Um dos nomes mais influentes da política mato-grossense, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), se posicionou de forma clara a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o fim da reeleição para cargos do Executivo (presidente, governadores e prefeitos) e a realização de eleições unificadas a cada cinco anos.
“Sou totalmente favorável. Eleição de dois em dois anos é ruim para o Brasil. Nem estamos em um ano eleitoral e já é o principal assunto das entrevistas. Se tivermos eleição a cada cinco anos, com mandatos únicos, o país ganha em produtividade e economia”, declarou Max.
Com vasta experiência — já foi vereador, prefeito de Jaciara, deputado estadual e hoje ocupa a presidência do Parlamento mato-grossense —, Max Russi afirma que o período de cinco anos é suficiente para governar e deixar sua marca, sem a distorção provocada pela corrida por reeleição.
“É um período bom. Dá tempo de mostrar a que veio, fazer gestão. E evita a paralisia que os governos enfrentam em anos eleitorais, com tantas restrições, travas e incertezas.”
📌 O que diz a PEC?
A proposta, atualmente analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prevê:
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Fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos;
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Mandatos de 5 anos para deputados e vereadores (hoje são 4);
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Mandatos de 10 anos para senadores (hoje são 8);
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Unificação de todos os pleitos em 2034, com eleições gerais em uma única data, a cada 5 anos.
A mudança passaria a valer progressivamente: prefeitos eleitos em 2028 teriam mandatos de 6 anos (sem reeleição), e as últimas eleições com direito à reeleição para governador e presidente ocorreriam em 2026.
🧭 O debate segue quente
A proposta divide opiniões no Congresso, mas ganha força entre políticos experientes, como Max Russi, que vivem os efeitos práticos do atual modelo:
“O país para a cada dois anos por causa de eleição. Se conseguirmos aprovar um novo calendário eleitoral, com pleitos únicos e sem reeleição, vamos dar mais fluidez aos investimentos e à governabilidade. Quem ganha com isso é a população.”