Governador decide não recorrer à Justiça e espera tramitação de novo projeto na Assembleia Legislativa
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), adotou uma postura de prudência e anunciou que vai aguardar a tramitação do Projeto de Lei nº 698/2025, que busca proibir definitivamente a instalação de “mercadinhos” em unidades prisionais do estado.
A proposta é de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e pretende alterar a legislação atual para vedar qualquer atividade comercial nos presídios — envolvendo presos, servidores ou terceiros.
Governo recua e opta por esperar decisão legislativa
Inicialmente, após a Assembleia Legislativa (ALMT) derrubar o veto de Mendes que proibia os comércios internos nas penitenciárias, o governo cogitou levar o impasse ao Judiciário.
No entanto, em novo posicionamento, o governador afirmou que, diante do novo projeto em tramitação, o melhor caminho seria aguardar a definição dos deputados.
“Nós estamos preparando uma regulamentação, mas como há uma nova iniciativa legislativa, é prudente aguardar. Temos possibilidade de regulamentar com base na Lei de Execuções Penais e na legislação estadual. Contudo, com o trâmite em andamento para vedar novamente a prática, o melhor caminho, no momento, é esperar o desfecho na Assembleia”, declarou Mendes.
Entenda o contexto
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Em janeiro de 2025, Mendes sancionou uma lei proibindo o funcionamento de “mercadinhos” dentro dos presídios.
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Em abril, a Assembleia Legislativa derrubou o veto ao artigo que liberava a comercialização de produtos, reabrindo brechas para o comércio interno.
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A situação reacendeu o debate público sobre a permissividade nas unidades prisionais.
Agora, o novo projeto de Cattani reforça a proibição e deixa claro que:
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Nenhum preso, servidor ou terceiro poderá realizar vendas, trocas ou prestação de serviços dentro dos presídios;
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A proibição vale mesmo que sem fins lucrativos.
Trâmite
O Projeto de Lei 698/2025 já está em tramitação na Assembleia Legislativa e deve ser apreciado nas próximas sessões.
A expectativa do governo é que o novo texto seja aprovado para evitar disputas judiciais e trazer segurança jurídica à questão.
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