“E, se eu não voltar um dia, fiquem tranquilos. Plantamos sementes ao longo dos nossos quatro anos…”
A frase pode parecer um adeus, mas soa mais como um aviso. Jair Bolsonaro está fora da disputa eleitoral até 2030, mas sua presença política é mais viva do que nunca — e ele faz questão de mostrar que o legado da direita tem quem o represente.
Durante um discurso marcado por gestos calculados e falas simbólicas, Bolsonaro jogou luz sobre dois nomes que crescem no radar de 2026: Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado.
Ao elogiar Tarcísio, o ex-presidente disse que “será difícil encontrar alguém melhor” no comando de um Estado. O governador de São Paulo, antes mais contido na aproximação, agora faz gestos públicos mais claros. Chamou Bolsonaro de “maior líder político do Brasil”, criticou Lula e abriu mão de sua presença na Agrishow para estar ao lado do ex-presidente.
No mesmo discurso, Bolsonaro apontou para Caiado e reforçou: “Temos sementes mais velhas também, com condições de germinar e dar bons frutos ao país.”
Caiado está no segundo mandato, não pode mais se reeleger e já se movimenta como presidenciável. Tem elogiado o ex-presidente em discursos e se coloca como uma opção experiente para liderar a direita.
Enquanto a Justiça tenta tirá-lo do jogo, Bolsonaro já reposiciona as peças no tabuleiro. Ele não será candidato — mas quer deixar claro: o próximo líder da direita terá sua digital.