MPF aciona Polícia Federal para investigar fraudes em consignados a servidores e aposentados de Mato Grosso

Investigação mira empresas que atuaram com crédito consignado via MTCard e registraram crescimento patrimonial de mais de 4.000%. Inquérito será conduzido pela PF.

O Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura de um inquérito policial para apurar possíveis fraudes em contratos de empréstimos consignados destinados a servidores públicos, aposentados e pensionistas em Mato Grosso. A investigação foi solicitada pelo procurador da República Erich Raphael Masson e será conduzida pela Polícia Federal.

A medida atende à representação feita pelo Sinpaig (Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo), que pediu que o caso fosse apurado na esfera federal, com base na suspeita de crimes contra o sistema financeiro nacional.

O que está sendo investigado

A denúncia central envolve empresas credenciadas ao programa MTCard, do Governo do Estado, responsáveis por operar crédito consignado para o funcionalismo. A principal suspeita é de que tenha havido fraudes e práticas irregulares na concessão dos empréstimos, com contratos considerados abusivos e crescimento patrimonial fora da curva.

A empresa Capital Consig, citada no pedido, teve um salto patrimonial considerado suspeito. Em setembro de 2022, apresentava balanço de R$ 2,2 milhões. Pouco mais de dois anos depois, em dezembro de 2024, o valor registrado subiu para R$ 95,3 milhões — um aumento de mais de 4.000%.

Segundo o documento protocolado pelo sindicato, esse crescimento não pode ser atribuído apenas às operações realizadas em Mato Grosso. O modelo de atuação da empresa estaria sendo replicado em outros estados e junto a servidores federais e beneficiários do INSS, o que justificaria a atuação da Polícia Federal, e não apenas do Ministério Público Estadual.

Investigação federal

Com base nas evidências apresentadas, o MPF solicitou a instauração do inquérito, que agora está sob responsabilidade da Corregedoria da Polícia Federal em Mato Grosso, que deverá designar um delegado para conduzir as apurações. O foco será investigar se houve crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa, falsidade ideológica, e abuso na contratação de servidores vulneráveis.

O que diz a empresa

Desde que surgiram as denúncias, a Capital Consig tem se manifestado afirmando que é alvo de uma campanha de difamação, com o objetivo de retirá-la da operação de crédito consignado no Estado. Em nota, a empresa declara que suas atividades são pautadas por “transparência, ética e respeito ao servidor público” e que está à disposição para prestar todos os esclarecimentos às autoridades competentes.


🔍 A investigação agora segue sob responsabilidade da Polícia Federal e pode atingir empresas, gestores, e contratos realizados com entes públicos estaduais e federais. O MT Urgente seguirá acompanhando os desdobramentos do caso.

📲 Para mais notícias exclusivas e atualizações, acesse: www.mturgentenews.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cuiabá-MT 17/06/2025 13:30

Tempo Cuiabá MT

Nossos Parceiros

Categorias

Coluna Alex Rabelo

Picture of Alex Rabelo

Alex Rabelo

Sua coluna é leitura obrigatória para quem busca entender os fatos com profundidade!

Posts relacionados

Alex Rabelo: A Voz da Informação Confiável

Alex Rabelo é referência em análises precisas, reportagens exclusivas e histórias que transforma fatos em notícia com excelência!