Por: Alex Rabelo Jornalista e Analista Politico
A vice-prefeita de Cuiabá, Vânia Rosa, rompeu o silêncio e trouxe a público um sentimento que já se desenhava há meses: o desconforto com o partido Novo e a busca por um espaço político que reconheça sua capacidade, sua trajetória e seu potencial como liderança feminina. Em sua primeira experiência em um cargo eletivo, Vânia demonstra que não pretende aceitar um papel secundário — e que está pronta para ocupar protagonismo na capital e no Estado.
Coronel da Polícia Militar, disciplinada, técnica e preparada, Vânia tem uma trajetória marcada por firmeza e responsabilidade. Mesmo atuando de maneira discreta durante a ausência do prefeito Abílio Brunini, quando assumiu a Prefeitura por 16 dias, mostrou capacidade de gestão e equilíbrio. Agora, busca algo maior: visibilidade, autonomia e um ambiente político que permita entregar o que ela é plenamente capaz de fazer pela cidade.
“Não posso permanecer em uma função invisível”
Em entrevista, Vânia foi direta ao falar do Novo:
“É um partido que, infelizmente, aqui não reconheceu o que posso oferecer enquanto vice e em qualquer tipo de pré-candidatura ou na gestão partidária. Eles têm as decisões deles, eu respeito.”
A vice-prefeita afirma que respeita o partido, mas não aceita a limitação de seu papel:
“Temos que buscar esse espaço em algum outro lugar. Caso contrário, sou condenada a permanecer nesta função invisível de vice-prefeita, aguardando a ausência do prefeito. Eu não me conformo com não poder trabalhar se não for na ausência do prefeito.”
A frase sintetiza sua inquietação e a consciência de que seu potencial não está sendo utilizado como deveria.
Um símbolo da força feminina na política
A postura de Vânia reflete um movimento maior: mulheres cada vez mais qualificadas, preparadas e dispostas a ocupar posições de comando.
Sua trajetória — mulher, coronel da Polícia Militar, gestora pública, vice-prefeita — rompe paradigmas e inspira outras mulheres a acreditarem no próprio protagonismo.
Ao exigir espaço, Vânia não fala apenas por si:
ela representa milhares de mulheres que ainda enfrentam barreiras, invisibilidade e subestimação dentro da política.
Sua atuação envia um recado claro: não basta estar no cargo — é preciso ter voz, valor e visibilidade.
Novo partido? Vânia busca um ambiente que reconheça seu potencial
A vice-prefeita confirma que está sendo procurada por outras siglas e admite que busca um espaço onde sua força política seja vista e respeitada.
Sobre 2026, mantém cautela, mas não fecha portas:
“Eu aprendi a dar um passo por vez. Não adianta planejar coisas futuras e chegar em um espaço que não te cabe. Eu não sou o partido, eu sou a Vânia.”
A declaração reforça sua independência, identidade e maturidade.
Gestão interina reforçou sua capacidade
Durante o período em que assumiu a Prefeitura de Cuiabá, Vânia seguiu as diretrizes estabelecidas, demonstrou estabilidade administrativa e reforçou sua capacidade de liderança. Sua passagem, embora breve, mostrou que ela tem preparo para assumir desafios maiores, caso receba autonomia e apoio institucional.
Análise: Vânia assume o protagonismo e se coloca como uma das apostas femininas mais fortes do Estado
O desconforto com o partido é apenas um ponto da discussão.
O movimento mais relevante é que Vânia Rosa está deixando de ser coadjuvante para assumir o roteiro da própria trajetória política.
Ela demonstra:
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preparo técnico
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visão administrativa
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sensibilidade social
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disciplina de carreira militar
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firmeza emocional
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coragem para enfrentar estruturas resistentes
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e um discurso que inspira outras mulheres
Sua fala tem peso, tem verdade e tem representatividade.
O que falta é apenas um espaço partidário que amplifique esse potencial.
E um ponto não pode ser ignorado
As vozes femininas estão ganhando espaço, força e legitimidade na política brasileira — e 2026 não será diferente.
Mulheres preparadas, como Vânia Rosa, estão ocupando seu lugar, rompendo ciclos de invisibilidade e mostrando que têm capacidade real para liderar.
O movimento é crescente, irreversível e necessário para uma política mais plural, justa e representativa.














