Por Redação MT Urgente
As movimentações políticas em Mato Grosso já estão a todo vapor, mesmo faltando mais de um ano para as eleições de 2026. O que antes era tratado com discrição nos bastidores e corredores da Assembleia Legislativa, agora se revela com mais clareza: muitos deputados estaduais e federais colocaram seus “soldados” em campo durante as eleições municipais deste ano, investindo força, tempo, estrutura e capital político para eleger prefeitos nas cidades com maior densidade eleitoral do estado.
A lógica era simples: ajudar a eleger prefeitos hoje, para garantir apoio e votos amanhã. Afinal, quem planta espera colher, certo? Mas o problema é que, em algumas dessas cidades, o “padrinho político” está começando a perceber que o “afilhado” pode ter mudado o rumo das promessas antes mesmo de assumir a cadeira.
Prefeitos já pensam na própria base… e não na reeleição dos padrinhos
Em várias regiões do estado, prefeitos recém-eleitos parecem estar mais preocupados em fortalecer seus próprios aliados — e, claro, já mirando as próximas eleições para deputado — do que retribuir o apoio recebido de quem os colocou na prefeitura. A troca de favores políticos, que parecia certa, virou uma incógnita.
Deputados que chegaram a coordenar campanhas, participaram de comícios, caminharam bairro por bairro, enfrentaram adversários e até colocaram o próprio nome em risco agora observam, de longe, seus antigos candidatos montarem estruturas paralelas, priorizarem outras alianças e ignorarem quem “carregou nas costas” boa parte da vitória.
A pergunta que não quer calar: foi em vão?
Um deputado — que prefere não ser citado — confidenciou a aliados que sente estar “tomando chapéu de prefeito novo”, após ver seu suposto aliado negociar apoio para um nome que não tem nenhuma ligação com sua base.
E é aí que vem a reflexão: será que todo esforço foi em vão? Será que o projeto de reeleição de alguns parlamentares está sendo minado por aqueles que ajudaram a eleger?
Se tem uma certeza, é que a política, em Mato Grosso, continua sendo o grande jogo das surpresas. E essa movimentação mostra que as eleições de 2026 não serão apenas uma disputa de votos, mas também uma grande prova de fidelidade — ou da ausência dela.
De aliados a adversários?
Nos bastidores, os comentários são cada vez mais comuns: “Fulano achava que tinha o prefeito na mão… hoje não atende nem ligação”. Essa mudança de postura tem deixado muitos deputados em alerta e repensando as alianças. Afinal, quem é amigo de verdade e quem só usou o apoio como trampolim?
Se depender do clima atual, 2026 será uma das eleições mais imprevisíveis e difíceis dos últimos anos. Os bastidores já indicam que promessas não são garantias e que, na política, um aperto de mão pode valer menos do que um direct ignorado.
🔍 Fica a lição:
A cada eleição, o jogo muda. E quem hoje sorri ao lado do prefeito eleito pode amanhã ser apenas mais um nome esquecido na agenda de compromissos. Como dizem por aí, “na política, até o passado pode mudar”.














