A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), reafirmou o compromisso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a implantação do Estacionamento Rotativo na capital. Segundo ela, os trabalhos caminham para a fase final e trarão respostas concretas à população.
“Estamos avançando para o momento de conclusão, que tem poder de investigação. Depois disso, o relatório final será encaminhado às autoridades competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A sociedade pode ter certeza: estamos cumprindo nossa parte com seriedade, transparência e sem nenhum ruído que comprometa a credibilidade da comissão”, afirmou Paula.
Mais de 200 dias de apuração
A CPI foi instaurada em fevereiro deste ano para investigar possíveis irregularidades na Parceria Público-Privada (PPP) entre a empresa CS Mobi e a Prefeitura de Cuiabá. O contrato, que tem prazo de 30 anos, prevê a concessão do estacionamento rotativo e, em contrapartida, a revitalização de vias do Centro Histórico, a instalação de mobiliário urbano e a construção do novo Mercado Municipal Miguel Sutil.
Paula destacou que o trabalho da comissão tem sido rigoroso e contínuo. “São mais de 200 dias de atuação intensa, com análise de documentos e oitivas de testemunhas. A sociedade espera retorno, e eu, junto com os vereadores Ranalli, Maysa Leão e Dilemário Alencar, estamos comprometidos em entregar um relatório sólido, acompanhado pelo corpo jurídico da Câmara. Até aqui, não houve falhas”, reforçou.
Pontos em análise
O relatório final deverá abordar questões como:
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A legalidade das cláusulas contratuais;
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A real vantagem do acordo para o município;
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O repasse mensal de R$ 650 mil da Prefeitura à CS Mobi, garantido pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM);
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O cumprimento das obrigações assumidas pela empresa, incluindo obras de modernização no Centro Histórico e a entrega do Mercado Municipal Miguel Sutil.
Além disso, o documento poderá recomendar medidas administrativas e até judiciais, caso sejam identificadas irregularidades.
Últimas oitivas
Na sessão desta quarta-feira (24), a comissão ouviu o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), que apresentou documentos questionando a origem do contrato. Já o gerente-geral da CS Mobi, Kenon Mendes de Oliveira, também convocado, não compareceu, justificando a ausência por meio de nota oficial.
Paula Calil encerrou reforçando o compromisso com a população cuiabana:
“Não vamos permitir que esse trabalho termine em pizza. A sociedade quer respostas e pode ter certeza que elas virão.”














