A mais recente pesquisa divulgada pelo instituto Percent Brasil trouxe os primeiros números da corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso entre eleitores da Baixada Cuiabana e já desenha um cenário competitivo, fragmentado e ainda longe de qualquer consolidação definitiva.
De acordo com o levantamento, o deputado Lúdio Cabral aparece na liderança com 6,3% das intenções de voto. Em seguida, surgem Elizeu Nascimento (5,3%) e Eduardo Botelho (5,0%), compondo o bloco inicial de candidatos mais lembrados pelo eleitorado neste momento da pré-disputa.
Na sequência, aparecem nomes tradicionais da política mato-grossense, como Júlio Campos (4,6%), Beto Dois a Um (4,0%), Wilson Santos (3,7%) e Max Russi (3,0%), além de Diego Guimarães (2,3%), Kalil Baracat (1,8%) e Léo Bortolin (1,6%). Outros nomes menores também figuram na pesquisa, mostrando um cenário pulverizado e altamente competitivo.
Um dado que chama atenção é o volume de eleitores ainda indecisos. A pesquisa aponta que 40% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder em quem votariam, enquanto 7,1% afirmaram votar branco ou nulo. Esse número reforça que o cenário está completamente aberto e que o eleitorado ainda aguarda definições mais claras sobre os nomes que realmente estarão no jogo em 2026.
A pesquisa ouviu 1.000 eleitores nos 13 municípios que compõem a Baixada Cuiabana, incluindo Cuiabá, Várzea Grande e cidades do entorno. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, o que reforça o caráter inicial e exploratório do levantamento.
Cenário ainda em formação
Apesar do ranking inicial, a disputa para 2026 está longe de ser definida. O próprio ambiente político mostra que muitos grupos ainda estão em fase de montagem de suas chapas, estruturação de bases eleitorais e articulação de alianças. Partidos ainda discutem federações, coligações e estratégias regionais, o que pode alterar de forma significativa o tabuleiro nos próximos meses.
Nos bastidores, a avaliação é de que a eleição de 2026 deverá ser uma das mais difíceis da história recente de Mato Grosso. Isso porque, além da disputa tradicional pelas cadeiras da Assembleia, haverá reflexos diretos da corrida pelo governo do Estado, disputas para Câmara Federal e o ambiente nacional, que costuma interferir no humor do eleitor.
Analistas políticos avaliam que nomes que hoje aparecem com desempenho mais modesto podem crescer rapidamente caso consigam montar estruturas de campanha mais consistentes, ampliar presença digital ou se beneficiar de apoio de lideranças regionais e prefeitos.
Voto ainda em construção
Outro fator relevante é o comportamento do eleitor da Baixada Cuiabana, que historicamente tende a definir seu voto mais próximo da eleição. O alto índice de indecisão revela uma população atenta, mas ainda em fase de avaliação dos nomes e das propostas que estão surgindo.
O cenário mostrado pela pesquisa é, portanto, uma fotografia momentânea de uma disputa que ainda será profundamente transformada. Com candidatos ainda entrando em campo, partidos organizando suas chapas e lideranças construindo alianças, a corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso promete ser uma das mais acirradas e imprevisíveis dos últimos anos.
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