CUIABÁ (MT) – Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal do Brasil deflagraram uma operação conjunta em Cuiabá com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua no contrabando e na comercialização de cigarros eletrônicos, tabaco flavourizado e outros produtos ilícitos.
O que se sabe até agora
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A ação está sendo realizada em vários pontos da cidade; entre os alvos está o Shopping Popular de Cuiabá, onde agentes cumpriram mandados de busca e apreensão.
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Viaturas da PF foram vistas também na região do bairro Tijucal, em frente a uma tabacaria, que segundo averiguações estaria envolvida no esquema.
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A investigação apura que o grupo criminoso utilizava rotas rodoviárias, pontos de armazenamento e sistemas de entrega para distribuir os produtos ilegais em Mato Grosso e em outros estados.
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Em operações correlatas anteriores, como a Operação Relutância deflagrada em setembro de 2024, foram cumpridos mais de 30 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, com bloqueios de bens da ordem de milhões de reais.
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Em uma ação de maio de 2025, denominada Operação Fumus Mal, foram apreendidos cerca de três mil produtos contrabandeados, incluindo cigarros eletrônicos e acessórios, em Cuiabá.
Motivações e impacto
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A comercialização desses produtos é ilegal no Brasil: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a importação, distribuição e comercialização de cigarros eletrônicos desde 2009, justamente pelo risco à saúde pública e pela ausência de registro sanitário.
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O contrabando e descaminho representam não só infração sanitária, como também evasão fiscal, lavagem de dinheiro e apoio indireto a organizações criminosas que lucram com essas práticas.
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Para Mato Grosso, região de fronteira e com entrepostos de distribuição, a operação representa um esforço reforçado para frear o fluxo ilegal de mercadorias.
O que vem a seguir
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As equipes seguem em diligência para identificar todos os envolvidos, rastrear o percurso da mercadoria (da importação ou entrada clandestina até a distribuição) e levantar os valores movimentados, bem como bens vinculados ao esquema.
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A expectativa é que sejam divulgados em breve o número total de presos, o volume de mercadorias apreendidas e o valor estimado da operação.
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Também será avaliada a participação de redes online, motoboys ou entregas domiciliares, já apontadas em investigações anteriores.














