Carregando...

PF investiga suposto desvio de recursos do Fundeb em Jauru (MT) e descobre indícios de “funcionários fantasmas”

Operação “Contracheque Fantasma” apura diferença milionária em pagamentos e irregularidades na gestão dos recursos da educação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (10), a Operação Contracheque Fantasma com o objetivo de investigar suspeitas de fraudes na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no município de Jauru, localizado a cerca de 420 km de Cuiabá.

De acordo com informações da corporação, a ação cumpre três mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens e valores dos investigados. A operação busca esclarecer o possível desvio de mais de R$ 1,1 milhão dos cofres públicos destinados ao pagamento de profissionais da educação entre janeiro de 2022 e junho de 2023.

Denúncia e início das investigações

As investigações tiveram início após denúncia formal apresentada por uma vereadora do município, que identificou inconsistências nos valores informados pela prefeitura ao governo federal e os repasses efetivamente realizados aos servidores da educação.

Com base na análise do Portal da Transparência Municipal, a Polícia Federal constatou uma diferença significativa entre as folhas de pagamento apresentadas e os valores creditados. Além disso, surgiram indícios de servidores fantasmas — pessoas que constavam como beneficiárias de salários, mas não possuíam registros de vínculo funcional ativo.

Irregularidades e rastreamento financeiro

A apuração também identificou falhas graves na gestão financeira dos recursos do Fundeb, como o uso inadequado de contas bancárias para movimentação dos valores. Essa prática, segundo a PF, compromete a rastreabilidade das transações e dificulta o controle e a transparência na aplicação dos recursos federais.

Com a quebra de sigilos e o bloqueio de bens, a investigação pretende mapear o destino dos valores desviados e identificar todos os beneficiários do esquema.

Crimes investigados e próximos passos

Os envolvidos poderão responder por falsificação de dados em sistemas públicos, peculato, formação de organização criminosa e fraude à administração pública, crimes que podem resultar em penas superiores a 12 anos de prisão, dependendo do grau de envolvimento.

A Polícia Federal informou que as diligências ainda estão em andamento e que novas fases da operação não estão descartadas.

O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica no Brasil, voltado ao pagamento de professores, manutenção de escolas e melhoria da infraestrutura educacional. Por isso, qualquer desvio ou irregularidade compromete diretamente o funcionamento das unidades escolares e o atendimento aos alunos.

A PF reforçou que a operação tem caráter preventivo e pedagógico, buscando garantir o uso correto dos recursos públicos e a responsabilização dos envolvidos.


Nome da operação: Contracheque Fantasma
Município investigado: Jauru (MT)
Órgão executor: Polícia Federal
Período analisado: Janeiro de 2022 a Junho de 2023
Prejuízo estimado: R$ 1,1 milhão

Fonte: Gov.BR

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cuiabá-MT 15.12.2025 03:40

Tempo Cuiabá MT

Nossos Parceiros

Categorias

Coluna Alex Rabelo

Picture of Alex Rabelo

Alex Rabelo

Sua coluna é leitura obrigatória para quem busca entender os fatos com profundidade!

Posts relacionados

Eleição não é loteria. É ciência, método e estratégia. adquira o livro a arte de ganhar eleições.

Como usar o marketing digital para virar o jogo nas urnas.