O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), defendeu publicamente o Projeto de Lei que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e outros manifestos políticos a partir de 2022. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e pode ser votada já nas próximas semanas, após aprovação do regime de urgência.
Em entrevista, Pivetta afirmou que os envolvidos já cumpriram um “castigo” suficiente com as condenações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, por isso, considera que a anistia é justa.
“Concordo com a anistia. As pessoas que cometeram aquele delito já foram castigadas durante esses anos. Houve no Brasil movimentos de terrorismo muito maiores do que este e ninguém foi preso. Defendo a anistia, esse pessoal já sofreu um castigo grande e está de bom tamanho”, declarou o vice-governador nesta quarta-feira (24).
A posição de Pivetta acompanha a do governador Mauro Mendes (União), que também tem defendido a medida em aceno ao eleitorado bolsonarista, de olho nas articulações para as eleições de 2026.
Trâmite do projeto
O chamado “PL da Anistia” foi aprovado em regime de urgência e agora busca apoio entre diferentes bancadas. Temendo rejeição semelhante à da PEC da Blindagem no Senado, a proposta passou a ser chamada de “PL da Dosimetria”, prevendo inclusive redução de penas para evitar resistências.
O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), retomou nesta quarta-feira (24) a negociação com PL, Republicanos e MDB, além de tentar um acordo entre a Câmara e o Senado. Segundo ele, se não houver consenso com os senadores, a matéria dificilmente será votada. A expectativa é de que a proposta seja apreciada já na próxima terça-feira (30).














