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PL entre duas forças: partido se divide entre Wellington e Pivetta, enquanto bastidores revelam novas articulações

Entre apoios cruzados, articulações silenciosas e ambições futuras, o PL se torna o epicentro da disputa política que movimenta Mato Grosso.

Enquanto o presidente estadual do Partido Liberal (PL), Ananias Filho, reafirma que o senador Wellington Fagundes é o pré-candidato oficial da legenda ao Governo do Estado, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, uma das principais lideranças do partido em Mato Grosso, demonstra preferência por Otaviano Pivetta (Republicanos) e vem movimentando o tabuleiro político com planos que vão além de 2026.

Nos bastidores, Abílio já declarou publicamente que considera Pivetta um excelente nome para governar Mato Grosso.
Segundo fontes próximas, o prefeito estaria articulando a possibilidade de sua esposa, a vereadora Samantha Iris, compor a chapa como candidata a vice-governadora.

A movimentação é vista como estratégica — consolidaria o nome de Abílio dentro do cenário estadual e aproximaria sua base política de Cuiabá ao grupo de Pivetta, abrindo caminho para um projeto de longo prazo que pode incluir sua própria candidatura ao governo em 2030.

Enquanto o prefeito atua nos bastidores, Ananias tenta conter o fogo cruzado dentro do partido.
Durante um evento recente em Sorriso, o dirigente estadual foi direto ao ponto:

“O PL de Mato Grosso tem pré-candidato ao governo, e ele se chama Wellington Fagundes.”

A fala foi interpretada como uma resposta clara às especulações de que parte da sigla poderia se alinhar ao Republicanos.

Mas o cenário ganha contornos ainda mais complexos quando se observa o panorama nacional.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, maior liderança do PL, já demonstrou preferência por uma composição que inclua o governador Mauro Mendes (União) como candidato ao Senado e Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Governo do Estado.

A sinalização nacional, no entanto, esbarra na resistência da cúpula estadual, que segue leal a Wellington Fagundes — hoje amparado por parte significativa da estrutura do partido em Mato Grosso e também pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que já manifestou apoio público ao senador.

Essa divisão interna coloca o PL em uma verdadeira encruzilhada política:
De um lado, a força nacional do bolsonarismo empurra a sigla para o grupo Mendes–Pivetta.
De outro, a direção estadual insiste em preservar a identidade e o protagonismo de Wellington Fagundes como candidato próprio do partido.

Para analistas políticos, o momento exige cautela e cálculo estratégico.
“A cada semana surgem novos movimentos, e o risco de um racha formal antes das convenções é real”, avaliou um observador político ouvido pelo MT Urgente News.
“Hoje o PL vive o dilema entre a coerência e o pragmatismo. Ou escolhe um caminho logo, ou corre o risco de perder o protagonismo na disputa de 2026.”

Enquanto isso, Abílio segue ativo nos bastidores, costurando alianças com prefeitos, vereadores e empresários, reforçando o discurso de apoio a Pivetta.
Wellington Fagundes intensifica sua agenda pelo interior, defendendo que o PL precisa manter candidatura própria e independente, sem subordinação a outros grupos políticos.

Com as articulações se intensificando, o xadrez político mato-grossense entra em sua fase decisiva.
Entre estratégias, declarações e recados indiretos, o PL se tornou o epicentro das disputas e o partido mais observado da pré-campanha de 2026.
E, como toda boa trama política, o desfecho ainda é imprevisível.


✍️ Por Alex Rabelo – Jornalista e Analista Político
📰 MT Urgente News – Informação com agilidade e credibilidade.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 02:45

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