A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta sexta-feira (12) a Operação Rede de Mentiras, que mira um sofisticado esquema de pirâmide financeira que movimentou milhões de reais em todo o país.
Foram cumpridos um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão, além do sequestro de bens avaliados em R$ 1,3 milhão, suspensão de empresas e proibição do exercício de atividades econômicas por parte dos investigados.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, o grupo atraía pessoas com a promessa de lucros mensais de até 7% e apresentava falsas garantias de segurança.
As ofertas eram divulgadas em redes sociais e em canais de vídeo na internet, o que impulsionava a entrada de novos participantes — característica típica das pirâmides financeiras, que dependem da captação contínua de novos investidores para se manter.
Bens de luxo e lavagem de dinheiro
Um dos mandados foi cumprido em um apartamento de luxo em Cuiabá, apontado como parte do patrimônio adquirido com os recursos arrecadados.
As investigações também identificaram indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo e a economia popular.
Vítimas e prejuízos
Até agora, 27 vítimas já registraram ocorrência, mas a polícia acredita que o número seja muito maior.
Há relatos de pessoas que perderam desde milhares até centenas de milhares de reais. Algumas ainda relataram ter recebido ameaças quando tentaram cobrar os pagamentos prometidos.
Medidas judiciais
O Judiciário determinou o bloqueio de contas e bens dos investigados até o valor de R$ 1,35 milhão.
O trabalho contou com apoio do Ministério Público e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Como denunciar
As vítimas podem registrar boletim de ocorrência na Delegacia do Consumidor (Decon), localizada na Rua General Otavio Neves, nº 69, Bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.
Também é possível denunciar pelo e-mail: decon@pjc.mt.gov.br, pelo telefone 197 ou pela Delegacia Digital: delegaciadigital.pjc.mt.gov.br.














