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Polícia Civil do RJ deflagra maior operação contra tráfico de animais silvestres no Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação São Francisco, considerada pela instituição como a maior ação da história do Brasil contra o tráfico de animais silvestres.

Cerca de 1 mil agentes participaram da ofensiva para cumprir 45 mandados de prisão preventiva e 275 de busca e apreensão em diferentes regiões do Rio, além de operações simultâneas em São Paulo e Minas Gerais. Até a última atualização, 17 pessoas haviam sido presas e dezenas de animais resgatados.

Na capital, a operação teve confrontos: na Mangueira, Zona Norte, policiais foram recebidos a tiros. Um dos núcleos investigados seria especializado na captura e comercialização de primatas, retirados de forma cruel de áreas de proteção ambiental, como a Floresta da Tijuca e o Horto.

Estrutura do esquema criminoso

Após meses de investigação, a polícia identificou uma rede altamente organizada, com diferentes funções:

  • Caçadores (mateiros): responsáveis pela captura em larga escala de animais.

  • Atravessadores: encarregados do transporte até centros urbanos.

  • Falsificadores: que produziam documentos e selos falsos para “legalizar” a origem dos bichos.

  • Núcleo de armas: fornecia armamento e munições para proteger a atividade criminosa.

  • Consumidores finais: pessoas que alimentavam o mercado clandestino, adquirindo animais silvestres de forma ilegal.

As investigações ainda revelaram conexão entre o tráfico de animais e o tráfico de drogas, com feiras clandestinas em locais como Pavuna e Duque de Caxias sendo usadas como pontos de venda.

Dimensão do crime ambiental

De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, apenas um dos investigados teria comercializado mais de 45 mil animais silvestres.

“É o corredor da morte dos nossos animais. A crueldade é enorme”, afirmou o secretário Bernardo Rossi.

Os animais eram capturados, dopados e transportados em condições precárias, resultando em sofrimento e muitas vezes na morte antes de chegarem ao destino final.

Resgate e reabilitação

Na Cidade da Polícia, no Rio, foi montada uma base para receber os animais resgatados. Eles estão sendo atendidos por veterinários voluntários e avaliados por peritos criminais. Posteriormente, serão encaminhados para centros de triagem de fauna, com o objetivo de reintroduzi-los na natureza.

Coordenação da Operação

A Operação São Francisco é coordenada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e conta com apoio de diversas instituições:

  • Ministério Público do RJ (Gaema/MPRJ);

  • Instituto Estadual do Ambiente (Inea);

  • Polícia Federal;

  • Polícia Rodoviária Federal (PRF);

  • Ibama.

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Cuiabá-MT 15.12.2025 03:44

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