Em uma ação coordenada contra o crime organizado, a Polícia Penal de Mato Grosso realizou, nesta terça-feira (11), uma grande operação de revista simultânea em 33 unidades prisionais do Estado. A ofensiva resultou na apreensão de celulares, carregadores, armas artesanais e drogas, reforçando o compromisso da categoria no enfrentamento às facções criminosas.

Ao todo, foram apreendidos 39 celulares, 278 porções de drogas, 15 armas artesanais, 23 carregadores, 15 chips telefônicos, 11 fones de ouvido, 18 litros de bebidas artesanais e uma balança de precisão. O trabalho intensivo já apresenta reflexos positivos: em 20 unidades não foi encontrado nenhum material ilícito, demonstrando a eficácia das operações da Polícia Penal dentro do programa Tolerância Zero às Facções Criminosas.

João Batista destaca importância da operação

Em entrevista ao MT Urgente, o presidente da Associação dos Policiais Penais de Mato Grosso (ASPPEN-MT), João Batista, ressaltou que a atuação firme da Polícia Penal é essencial para enfraquecer o crime organizado e garantir mais segurança à sociedade.

“A Polícia Penal tem sido incansável no enfrentamento ao crime organizado dentro das prisões. Cada celular apreendido representa uma ação criminosa interrompida, vidas preservadas e um golpe nas facções que insistem em operar de dentro das cadeias. O compromisso dos policiais penais é com a segurança da população, e essa operação mostra que não recuaremos na luta para manter o controle do sistema penitenciário”, afirmou João Batista ao MT Urgente.

Novas táticas criminosas descobertas

As unidades com o maior número de apreensões foram a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e a Penitenciária Major PM Eldo de Sá Correia (“Mata Grande”), em Rondonópolis.

Na PCE, um novo método de esconderijo foi descoberto: detentos estavam ocultando celulares dentro dos pratos utilizados na alimentação. Na unidade, foram apreendidos 21 celulares, 60 porções de drogas, carregadores e acessórios eletrônicos.

Já na “Mata Grande”, a operação contou com o apoio da cadela farejadora K9 Glock, que ajudou na localização de drogas, celulares e chips telefônicos.

Compromisso com a segurança pública

O secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, reforçou que as operações seguirão firmes e com tolerância zero:

“Um celular na mão de um preso é uma arma que pode custar vidas. Seguiremos combatendo a entrada de equipamentos eletrônicos por todos os meios possíveis, até que chegue o dia em que nenhuma operação encontre esses materiais dentro das unidades”, declarou.

Com ações rigorosas e operações constantes, o Sistema Penitenciário de Mato Grosso reafirma seu compromisso na luta contra o crime e na manutenção da ordem dentro do sistema prisional.