A frequência com que o prefeito Abilio Brunini tem comparecido às sessões da Câmara Municipal de Cuiabá virou pauta entre os próprios vereadores. A presença, vista por alguns como uma tentativa de aproximação com o Legislativo, tem gerado incômodo e levantado questionamentos sobre os limites dessa relação.
O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) reconheceu que a presença do prefeito tem sido mais intensa do que o habitual, mas ponderou:
💬 “Acho que está um pouco em excesso, mas não vejo assédio moral. A mim ele não intimida, mas não posso falar pelos demais colegas.”
Monteiro ainda reforçou que é necessário evitar que a Câmara seja vista como subserviente ao Executivo, um estigma que perdura desde a gestão passada.
💬 “Se houver subserviência, que se diga nome a nome. A imagem do parlamento precisa ser respeitada.”
Já a vereadora Maysa Leão (Republicanos) apontou que as visitas frequentes podem estar relacionadas a problemas de organização da agenda do prefeito, e defendeu que os encontros com o Executivo ocorram em dias específicos para não comprometer os debates e votações de interesse da população.
💬 “Essas visitas não planejadas acabam interrompendo discussões importantes. A Câmara é parceira da prefeitura, mas precisa ter seu espaço respeitado.”
A pergunta que fica: o prefeito está buscando diálogo legítimo com os vereadores ou ultrapassando o limite da boa convivência institucional?
📌 Proximidade pode ser positiva, mas a frequência exagerada pode gerar desgaste — até mesmo entre aliados.
📌 Enquanto alguns veem transparência, outros enxergam interferência.
Com a eleição se aproximando, cada gesto começa a ganhar um peso maior. Será estratégia política ou apenas interesse na pauta da cidade?